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Enviada em: 19/10/2018

Educação ou prisão?  A aprovação da população sobre a redução da maioridade penal está ultrapassando 93%, de acordo com a Folha de São Paulo. A provável explicação para o elevado índice talvez seja pela circunstância de que as pessoas não reconheçam outras medidas de ressocialização e os problemas que a prisão de um menor pode desenvolver. O sistema prisional brasileiro já apresenta diversas dificuldades e além do aumento da lotação, o papel de reeducação e inclusão social não consegue ser cumprido, além de prejudicar a integridade física e psicológica do jovem ali encarcerado.   Por outro lado, o aprisionamento de um adolescente faz com que toda a sua vida seja danificada, visto que a integração e educação não são estabelecidas. Da mesma maneira, quando for solto e tentar procurar um emprego, não conseguirá e com isso as chances de retornar à criminalidade são grandes.   Outrossim, ao ser levado à cadeia, o menor faz divisão com prisioneiros adultos, ou seja, mais fortes e com maior experiência. Como consequência, o número de abusos e agressões tanto físicas quanto psicológicas aumenta drasticamente, fazendo com que esse pequeno cresça com diversos problemas psíquicos e traumas, além de ter vivenciado situações inadmissíveis.   Indubitavelmente, medidas são necessárias para a possível resolução do impasse. Contudo, nada será solucionado caso o Departamento Penitenciário Nacional não estabelecer providências como atividades que estimulem o estudo, como aulas de sociologia e ética, além das outras, criando a possibilidade do jovem continuar a vida quando sair, sem ter que recorrer ao mundo do crime novamente, já que, seguindo as palavras de Nelson Mandela, para mudar o mundo, a educação é a arma mais poderosa. Ademais, a Diretoria do Sistema Penitenciário Federal deveria criar celas segregadas para os jovens, preservando a segurança e saúde mental dos adolescentes.