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Enviada em: 29/10/2018

Criminalizar a criança para prender o adulto?       O apelo pela diminuição da maioridade penal pela população é explicada pelo atual contexto de impunidade no Brasil. No entanto, a redução da maioridade penal, além de não diminuir os índices de criminalidade, favorece a entrada de jovens que cometeram pequenos crimes no mesmo ambiente de assassinos. Essa conjuntura favorece o aumento de jovens que entram cedo no mundo do crime, se aliando a facções, causando entraves sociais.         Decerto, os jovens que entram desde cedo na prisão sofrem influência de outros presidiários, podendo se especializar e retornar à sociedade e continuar praticando delitos. De acordo com um estudo feito pelo Instituto de Sociologia da UFRJ, cerca de 40% dos jovens entre 24 e 27 anos que estão presos por delitos de maior gravidade, já possuíam passagem pela polícia anteriormente, demonstrando a ineficiência da prisão de jovens.          Em consequência dessa conjuntura negativa, há o aumento dos índices de crimes de maior gravidade no Brasil, desestabilizando a segurança nacional. Esse aumento dos delitos ocasiona o aumento no medo da população, que se torna refém da criminalidade, dificultando o convívio normal em sociedade. Além disso, esses crimes tornam-se mais institucionalizados, já que os jovens que foram presos, normalmente, se unem a gangues, aumentando sua periculosidade.              De acordo com o filósofo grego Platão:“Eduquem as crianças e não será necessário castigar os adultos”. Faz-se necessário, portanto, que as instituições escolares promovam a profissionalização de jovens que estão mais propensos a entrar no mundo do crime. Dese modo, ocorrerá a diminuição no número de menores de idade que utilizam os assaltos como forma de sobrevivência, ajudando esses adolescentes a se inserirem no mercado de trabalho. Assim, ocorrerá a diminuição nos índices de criminalidade no país, mesmo sem a redução da maioridade penal, melhorando a nação no geral.