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Enviada em: 29/03/2019

De acordo com o Atlas da Violência de 2018, nesse ano ocorreram 66 mil homicídios no país. Esse número gera sentimento de impunidade na população, que apela pela diminuição da maioridade penal como solução de problemas. No entanto, além de não favorecer a diminuição dos índices de criminalidade, coloca jovens que cometeram pequenos crimes no ambiente de criminosos especializados, favorecendo o aumento da periculosidade desses adolescentes. Essa conjuntura ocasiona o aumento de jovens que entram cedo no mundo do crime, aliando-se a facções e causando entraves sociais .     Decerto, os jovens que entram desde cedo na prisão sofrem influência de outros presidiários, podendo especializar-se  e retornar a sociedade e cometer delitos de maior periculosidade. De acordo com um estudo feito pelo Instituto de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cerca de 40% dos jovens entre 24 e 27 anos que estão presos por delitos de maior gravidade possuíam passagem em algum presídio. Essa pesquisa demonstra a ineficiência da prisão de jovens que, ao invés de serem reeducados pelo sistema prisional, são influenciados por outros presos e saiem especializados e cometendo crimes mais graves.      Em consequência dessa conjuntura negativa, há o aumento dos índices de crimes de maior gravidade no Brasil, desestabilizando a segurança nacional. Esse crescimento dos delitos ocasiona a amplificação do medo da população, que se torna refém da criminalidade. De acordo com o filósofo grego Pitágoras:" Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos", essa frase explicita a necessidade de melhorar a educação, no lugar de diminuir a maioridade penal, para resolver esse grave problema da criminalidade no Brasil, que urge por soluções.     Faz-se necessário, portanto, que as instituições escolares promovam a profissionalização de jovens a partir de cursos que promovam a inserção desses adolescentes no mercado de trabalho, principalmente em bairros periféricos, nos quais os menores são mais propensos a cometer delitos, visando desestimular a entrada desses menores  no mundo do crime, ao oferecer oportunidades de emprego e ascensão social. Em concomitância, é função do Governo Federal, melhorar as condições de reinserção social nos presídios brasileiros a partir da educação de presidiários e com cursos profissionalizantes dentro das prisões brasileiras. Desse modo, mitigar-se-á os índices de criminalidade no país, mesmo sem a redução da maioridade penal, além da melhoria da qualidade de vida nos bairros periféricos e maior mobilidade social no país, melhorando o Brasil.