Materiais:
Enviada em: 27/04/2019

Na idade média, acreditava-se que crianças deveriam ser tratadas e punidas como adultos. Séculos se passaram e muitas pessoas ainda compartilham dessa ideia, principalmente em discussões como a da redução da maioridade penal de dezoito para dezesseis anos. Entretanto, elas ignoram que os jovens não são adultos e que puni-los em ambiente inadequado pode agravar o problema.   A priori, é preciso destacar que os jovens ainda não têm a mesma formação cognitiva que a de um adulto. Sendo assim, é incoerente que sejam julgados como tal. Tendo em vista que, o lobo frontal, região do cérebro responsável pela tomada de decisões e autocontrole, ainda não é totalmente desenvolvida nessa fase da vida. Por conseguinte, os adolescentes devem ser tratados de acordo com sua idade.   Ademais, expor o jovem infrator a um ambiente como o prisional traz péssimas consequências. Uma vez que, o atual panorama das penitenciárias brasileiras é de muita violência. Nesse contexto, eles se veem obrigados a se aliar a presos de alta periculosidade, onde recebem má influência, o que os torna ainda mais perigosos. Dessa forma, não é adequado que eles estejam, nesse meio.   Torna-se evidente, portanto, que para a punição adequada de crimes realizados por jovens, medidas precisam ser tomadas. Então, faz-se necessário que o Governo em parceria com o Ministério da Educação, promova o processo de ressocialização dos jovens, por meio de medidas socioeducativas, como a prestação de serviços à comunidade, previsto pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Além de promover oficinas de dança, música e cultura para que eles não retornem ao crime. Assim sendo, vislumbra-se uma sociedade onde o modo de punir não seja tão obsoleto quanto o medieval.