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Enviada em: 07/05/2019

No ano de 1937, o autor baiano Jorge Amado escreveu uma de suas mais famosas obras: "Capitães da Areia ", no qual retrata a vida de um grupo de menores entregues a marginalidade. No comando, Pedro Bala - principal personagem - atua como chefe da quadrilha, na qual roubos e delitos são as especialidades, bem como aterrorizando as ruas da Bahia. Conquanto, fora da ficção a realidade não está distinta: é cada vez maior o número de crimes cometidos por jovens, menores de 18 anos. Em procedência, os viés necessários para conter esse avanço está na reestruturação da educação pública e nos programas de inclusão com chances boas no mercado de trabalho.           Em primeiro lugar, sabe-se que o número de jovens entre 12 e 17 anos que foram apreendidos no Brasil, pela prática de crimes, aumentou em quase seis vezes, crescendo no encarceramento dos adolescentes de 4.245 para 24.628 - de acordo com o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Além de que, é imprescindível dizer que a maior parte dos adolescentes entram para essa vida pelo "dinheiro fácil" - sendo que para pessoas de baixa renda e com pouca escolaridade, as chances de emprego são mínimas -, contudo, sendo essencial o ministério tomar providencias quanto ao caso.               Ademais, uma pesquisa feita pelo Estadão, mostra que a maioria dos presos são jovens, negros e de baixa escolaridade. O levantamento aponta que cerca de 75% da população prisional brasileira não chegou a cursar o ensino médio. Com isso, frequentar a escola é primordial para o começo de uma mudança nesses dados, quanto maior o poder de conhecimento do indivíduo, menor será sua chance de seguir com o mundo do crime. Em tese, uma boa base de educação possibilita menores chances de um jovem estar preso nos anos seguintes de sua vida, sendo essencial a cobrança do governo em relação às idas nas instituições de ensino pelos malfeitores.         Portanto, para que a criminalidade feita por menores diminua razoavelmente, urge que o Ministério da Educação em junção com o Ministério do Trabalho faça adequações nas possibilidades dos jovens, nos meios de trabalho e estudos - para uma mudança na carreira profissional do individuo -, assim dando credibilidade governamental e confiança aos usuários dos programas. Ainda que, para estabelecer uma harmonia entre o governo e o crime juvenil, é mister populacional saber e se conscientizar que diminuir a maioridade penal acarreta negativamente na vida dessas crianças e, como no sucesso da obra literária de Jorge Amado, dar uma chance a meninos como Pedro Bala, pode resultar em ter um futuro melhor.