Enviada em: 02/04/2017

Juventude liquida     A falta de atenção do governo com o futuro dos jovens brasileiros cresce a cada ano. Isso deve ser enfrentado, uma vez que, diariamente, crianças e adolescentes são vítimas dessa questão. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: a falta de capital para investir em instituições de educação colaboram para o aumento da criminalidade, ademais, a redução da maioridade penal afeta principalmente indivíduos de condições sociais vulneráveis.     Segundo a Comissão de Constituição e Justiça, o melhor meio de solucionar os delitos no Brasil é através da diminuição da idade para que jovens respondam criminalmente. Comprova-se isso pelo fato de grande parte da população concordar com tal medida. Esse cenário, juntamente aos inúmeros casos de crianças no mundo do crime, corroboram a ideia de que apenas a redução não é suficiente para solucionar a problemática. Além do que, a mudança deve-se iniciar por meio da educação e do investimentos em escolas de qualidade.     Além disso, conforme o filósofo italiano Benedetto Croce demonstra através de suas obras, a violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora. No entanto, não é o que se observa em diversas partes do país. Esse fato causa preocupação pois o sistema prisional brasileiro não contribui para reinserção dos jovens na sociedade. Paralelamente, a apreensão agravaria ainda mais a crise nos presídios. Em suma, a tendência é que jovens negros, pobres e moradores de periferias das grandes cidades sejam afetados pela redução. Esse já é o perfil predominante dos presos no Brasil.    Diante dos argumentos citados, e do panorama nacional apresentado, é dever do estado investir na criação de escolas técnicas destinadas a capacitar crianças e adolescentes para mercado de trabalho ou para ingressar em uma faculdade pública. Some-se a isso investimentos para melhorar o sistema carcerário e em projetos não governamentais, valorizando e capacitando a população, no intuito de formar cidadãos mais comprometidos com o bem estar da sociedade como um todo.