Materiais:
Enviada em: 28/06/2017

O romance Uma Reportagem Maldita,de Plínio Marcos,apesar de ter sido publicado em 1976, ainda é uma denúncia atual de como a soma de alguns fatores de risco podem levar jovens para o mundo do crime. Independente do nível econômico, a desestruturação familiar, a precariedade do acesso à educação, a ineficácia da polícia e o lobo frontal não amadurecido, entre outros pontos,  são quesitos que impedem o fim de crimes cometidos por adolescentes. Isso torna a redução da maioridade apenas um castigo e não uma medida preventiva, visto que ela não é útil para dar um fim na criminalidade.        Em 1993, nos Estados Unidos, Christopher Simmons foi condenado, aos 17 anos, por assassinar cruelmente uma mulher. O garoto não recebeu pena de morte por causa que relatórios neurológicos de 8 associações médicas provaram que adolescentes não possuem o lobo frontal amadurecido, parte do cérebro responsável por julgar punições e conter atitudes impulsivas. Ademais de acordo com o artigo "The adolescent brain and age-related behavioral manifestations" da Neuroscience & Biobehaioral Reviews, as mudanças biológicas pelas quais os jovens passam influenciam diretamente nas tomadas de decisão. Levando esses fatos em consideração, torna-se claro que, biologicamente, adolescentes, que muitas vezes ainda nem sabem ao certo o que querem fazer pelo resto da vida, não podem ser julgados através do argumento de que  se eles já podem votar, também podem ser julgados e presos como adultos.        Apesar de jovens serem inimputáveis, eles não são impuníveis. Mas antes de se pensar em punições, é importante descobrir as causas que levam eles a cometerem crimes, pois extinguindo, pelo menos, as mais frequentes trará ótimos resultados para a sociedade brasileira, visto que isso seria como atacar a doença ao invés dos sintomas. Adolescentes, por exemplo, são facilmente influenciados e isso tem a ver não apenas com uma questão de mudanças biológica, mas também social. Eles querem se sentir parte de um grupo, de uma causa, de algo que os façam se sentirem importan