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Enviada em: 24/06/2017

Solução diretamente proporcional     Em presença de um número cada vez mais alto de crimes, por vezes hediondos, cometidos por menores de idade no Brasil, levanta-se a discussão sobre uma possível redução da maioridade penal ser a solução adequada. Porém, os defendedores dessa ideia não vêem que um país não se faz com homens e presídios, mas, como disse Monteiro Lobato, com homens e livros. Assim, a diminuição da maioridade penal não seria a melhor solução para a crescente violência no Brasil.   No início do ano de 2017, houveram diversas rebeliões em vários presídios brasileiros. Consequentemente, em uma semana, rebeliões em Manaus, por exemplo, deixaram 67 mortos. Com esses dados, é possível observar o caos no sistema penitenciário brasileiro e que ele não está apto a receber jovens em idade de desenvolvimento e que esses precisam de incentivos educacionais, como o oferecimento de cursos técnicos gratuitos por parte do Ministério da Educação, pois a maioria tem baixíssimos níveis de escolaridade ou não teve oportunidade de ter uma estudo de qualidade.     É necessário analisar, ainda, que a população carcerária aumentou 700% nos últimos anos. A grande pergunta é: a população brasileira se sente mais segura? Não, aliás, as pessoas passam a relatar ou mesmo presenciar cada vez mais casos cotidianos de violência, como roubos que são muito constantes no dia a dia das grandes cidades brasileiras. Assim, é melhor investir em meios como a melhoria da educação pública, fazendo parcerias com a instituições privadas e obtendo mais investimentos para as escolas brasileiras, que reduzir a maioridade penal e presenciar apenas um aumento na população carcerária que não será em nada inversamente proporcional aos índices de violência.    Em síntese, faz-se necessário que fundações como a UNICEF invistam em campanhas que levem ensino e esportes para lugares com maiores número de crianças carentes, pois são maioria sem estudo e que se envolvem, na adolescência, em atitudes criminosas. O Governo Estadual de São Paulo deve, ainda, fazer parcerias com empresas privadas para obter recursos para a melhoria da Fundação CASA, para que essa possa oferecer apoio educacional de qualidade, como alfabetização e ensino de ofícios que seriam importantes no futuro. Aumentando o número de escolas e instituições socioeducativas, o Governo não precisaria se preocupar tanto com o número de presídios, pois não haveriam tantas pessoas para preenchê-los futuramente.