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Enviada em: 05/08/2017

Pensar fora da caixinha       O Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo e ainda não resolveu o problema da criminalidade. O nosso país é mais perigoso que a Síria, que vive uma guerra civil há mais de 5 anos. Uma das propostas é a redução da maioria penal para 16 anos, porém é uma resolução rasa e punitivista. O debate para a solução da guerra em que vivemos precisa atacar um único ponto: a desigualdade social.        A atual disparidade entre ricos e pobres aumenta exponencialmente a criminalidade, pois o mais necessitado é marginalizado todos os dias. Desde a hora em que ele acorda e precisa caminhar quilômetros para chegar á escola até a hora de dormir, na qual precisa dividir a cama com mais 4 irmãos. Isso é um problema histórico que começou com a escravidão na Antiguidade clássica, acentuou com o desenvolvimento da revolução industrial e seus péssimos salários e chega aos dias atuais com a marginalização das classes mais abastadas.        Com a redução da maioridade, abre-se diversos questionamentos. Onde iremos abrigar os novos presos? As cadeias já estão lotadas. Como garantir que o sistema prisional deixará de ser a "escola do crime"? A pessoa entra na cadeia como ladrão de galinhas e sai um narcotraficante pior que o Pablo Escobar. A diminuição da maioridade é uma medida sem base teórica alguma e baseada apenas no desejo de punição.        Kant já dizia que o homem é nada além daquilo que a educação faz dele, logo precisamos de um sistema educacional inclusivo. O Ministério da Educação deve voltar seus esforços para a educação básica utilizando os vouchers - bolsas integrais nas escolas particulares. Além disso, o governo federal deve mudar o sistema prisional com separação de detentos por crimes de mesma natureza. Essa mudança quebraria o sistema de "escola do crime"