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Enviada em: 18/10/2017

Relativo à discussão sobre a redução da maioridade penal como meio de minimizar os índices de criminalidade, pode-se afirmar que essa lei, caso sancionada, não resolveria o problema.Tendo em vista a forte influência para a entrada nesse meio em consonância com a falta de investimento em programas destinados aos jovens e as políticas precárias de qualidade de vida para os moradores de periferia, o problema tem tomado proporções alarmantes.       Vale ressaltar que as maiores ocorrências de roubo, porte de arma e tráfico de droga são registradas entre os jovens moradores de bairros mais precários, em virtude do meio social em que estão inseridos sofrem influências fortíssimas para a prática da criminalidade tanto por terem conhecimento de pessoas próximas, que atingiram um alto padrão de vida de forma rápida exercendo crimes, quanto por vivenciarem a falta de renda monetária suficiente para a sobrevivência da família. Gerando, assim, inconformismo e desejo pelos feitos ilícitos que supostamente lhe trarão benefícios rapidamente, ideia essa totalmente equivocada.            É importante relembrar, que o Brasil possui programas de ajuda monetária para famílias de baixa renda, porém vale destacar que, por vezes, o dinheiro disponibilizado é insuficiente para a sobrevivência. Além disso, o Governo não disponibiliza programas esportivos de qualidade para jovens da periferia, o que resulta em tempo ocioso e a perda de oportunidade na criação de adolescentes mais disciplinados e desenvolvidos. Tendo em vista ambos os problemas abordados, pode-se concluir que a redução da maioridade penal não seria eficiente, pois o processo deve ser de recuperação e prevenção de atos criminosos por menores de idade e não a punição precoce após o ato.        Desse modo, políticas públicas devem ser instauradas com o intuito de resolver o impasse. O ministério da Fazenda (MF) deve investir mais dos impostos arrecadados na implantação de projetos que forneçam uma melhor qualidade de vida, resgatando, assim, famílias da extrema pobreza e contribuindo também na melhoria dos índices sociais brasileiros. Ademais, o Ministério do Esporte (ME) deve expandir, os programas já criados, para todos os bairros com o intuito de abranger e incentivar mais adolescentes e também cobrar deles esforço escolar, tendo, assim, maior êxito no desenvolvimento cidadão. Por fim, a família, independente de condições financeiras, deve relembrar e orientar os filhos e parentes sobre as péssimas consequências que o envolvimento com o crime propicia.