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Enviada em: 29/03/2017

O espírito nacionalista nem sempre existiu, foi criado em plena revolução francesa e, inicialmente, considerado algo ameaçador frente ao absolutismo. Nos dias de hoje, tal sentimento é considerado um fortalecedor da sociedade, uma vez que ele une um povo para lutar por interesses gerais. Todavia, no Brasil, não há a clara construção de uma brasilidade, visto que, além de investimentos tardios e de influências que acultura seus valores, a própria população menospreza suas conquistas.                   Em uma primeira abordagem, é importante sinalizar que apesar de tentativas de escolas literárias como o Romantismo, após a independência, tenha dado o impulso para uma construção de nação, apenas em 1922 com a semana de arte moderna, é que se pode falar de um país liberto da Europa. No entanto, com a intensificação da globalização nos últimos anos, o país agora se vê preso a indústria cultural de potências como os EUA, nas artes e até em seus comportamentos são refletidos o modo de vida americano (New Ideal). Tais valores absorvidos, tem reprimido os característicos do território, o abandono de seus costumes e não aceitação de seu multiculturalismo, pode acarretar a sua perda de identidade.       Em uma análise mais aprofundada, nota-se que o complexo vira-lata surgiu com a diminuição do país feita pela própria população, ao se comparar com o resto do mundo. Contudo, se realizar uma comparação justa, há grandes benefícios que o brasileiro tem em detrimento de outros países, como o sistema de saúde que em outros lugares não é papel do Estado garantir, senão do próprio cidadão.  Na sua história de "atrasos", descobre-se o único país abolicionista antes de uma república, também a construção de umas das constituições mais atualizadas do planeta, com leis para correção de erros históricos, como da escravidão. Mesmo que, ainda haja imperfeições em sua organização, há a necessidade de o brasileiro olhar para sua história, valorizar suas vitórias e mostrar ao mundo seu valor, se os próprios cidadão não valorizarem sua nação, não devem esperar um respeito do exterior.       É indispensável, portanto, que a Secretária da Cultura promova campanhas de inclusão cultural, para a população em geral, objetivando apresentar ao povo e ao mundo a riqueza de valores do país, criando uma oportunidade para a valorização das culturas locais, em virtude do fortalecimento da essência do país. Ademais, é importante que o Ministério da Educação, com o apoio das mídias, desenvolva aulas especiais para jovens e programas de entretenimento, como novelas, para adultos, sobre a história do Brasil de pontos de vista esquecidos, com o fito de incentivar um certo orgulho da nação e traças perspectivas para o sentimento nacionalista.