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Enviada em: 19/09/2017

“Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.” Esse trecho, extraído da principal obra de Gonçalves Dias, revela o nacionalismo vivido pelos romancistas do séc. XVIII. No entanto, esse sentimento patriota não impera mais entre os brasileiros, os quais tendem a ter uma visão pessimista do próprio país. Isso ocorre devido ao descrédito com o progresso do país e, sobretudo, com a supervalorização da cultura estrangeira.      De imediato, observa-se que o patriotismo brasileiro é reduzido por sua própria frustação com a política do país. Assim sendo, em meados da década de 40, o judeu e escritor Stefan Zweig, refugiado no Brasil em função das ameaças nazistas, publicou uma obra de título: Brasil, um País do Futuro, promovendo, no povo, um sentimento de esperança por tempos áureos na nação. No entanto, a proliferação da divulgação dos casos de corrupção, somado aos precários sistemas de saúde, educação, transporte, promove a ruptura do nacionalismo e fomenta a ideia de derrotismo sobre progresso esperado. Dessa maneira, predomina-se, na sociedade, a concepção de que o país não deu certo.     Em razão disso, torna-se fácil a disseminação e a valorização da cultura do exterior em relação a nacional. Entretanto, isso advém, essencialmente, desde os tempos da colonização, em que imperava uma visão de superioridade sobre a metrópole exploradora, promovendo uma exaltação dos costumes dos países ricos. Ademais, com o processo da globalização formou-se a vitrines do capitalismo a nível mundial, principalmente, a norte americana. Logo, no Brasil, há uma crescente importação de músicas, produtos, costumes e palavras estadunidenses, considerados superiores pela sociedade em relação à própria cultura.   Fica claro, portanto, que são necessárias medidas concretas a fim erradicar a baixa-autoestima dos brasileiros. Nesse sentido, é imperioso que Ministério da Justiça continue se comprometendo em combater os casos de corrupção com eficiência, e permaneça divulgando os casos já combatidos. Além disso, uma alternativa é o Governo incumbir cada ministério de utilizar as redes de modo propiciar debates, fóruns e plebiscitos sobre as mudanças que os brasileiros desejam ver na sociedade. Por fim, cabe ao Ministério da Educação implementar nas escolas como parte da grade curricular o ensino sobre a cultura nacional, comtemplando todos aspectos da rica miscigenação brasileira. Sendo assim, o povo irá enxergar as belezas do Brasil, assim como o saudosista e célebre escritor Gonçalves Dias.