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Enviada em: 30/08/2018

No documentário "O complexo de Vira-Lata", o tema retrata a atitude dos brasileiros diante a sua identidade nacional, visto que, boa parte da população menospreza suas raízes por acharem ser inferiores aos demais países estrangeiros. Á vista disso, a relação do indivíduo com sua própria nacionalidade é um dos efeitos desse complexo e vem prejudicando massivamente a construção sociocultural e político do país. Nesse sentido, essa atitude influencia na desvalorização e padronização da cultura, além inferiorização dos próprios cidadãos da nação.                Em primeiro plano, a criminalização do gênero musical Funk, em 2017, mostra a discriminação contra a cultura brasileira, segundo o portal UOL. Em virtude disso, percebe-se o desinteresse pelas artes que são criadas originalmente pelo Brasil, por causa de um conceito, de origem inicialmente europeia, de abominação a nudez e a sexualização do corpo. Dessa maneira, o complexo de vira-lata se da pela apropriação cultural de outros povos por serem taxados de "evoluídos" ou "melhores", como, por exemplo, o Halloween, uma festa Norte Americana, o qual parece estar mais presente no país do que tradições nacionais, tais como curupira, saci-pererê e entre outros. Como diria o sociólogo Adorno: "Os padrões culturais se repetem na intenção de formar uma percepção comum para o consumismo", ou seja, esse complexo consome culturas elitizadas, enquanto a do Brasil é desvalorizada.                   Ademais, reclamar, generalizar e não propor uma resolução é um dos efeitos colaterais dessa síndrome. Em razão disso, o brasileiro tende a reclamar do corpo social sem que faça nada para muda-lo ou que demonstre um comportamento diferente dele, como não praticar a corrupção. Logo, a relação conturbada com a própria nacionalidade se dá, também, pelo comportamento de crítica e passividade, fazendo com que o indivíduo reclame da população brasileira, sendo que, ele faz parte do povo e é seu puro reflexo, criando um círculo vicioso de reclamações sem soluções, como, por exemplo, relacionar comportamentos a uma nacionalidade, posto que cerca de 76% dos cidadãos acreditam que o brasileiro é desonesto, de acordo com o jornal Estadão.        Entende-se, portanto, que cabe ao Ministério da Cultura, junto ao Ministério da Educação, por meio da promoção da cultural brasileira, incentivar feiras culturais nas escolas para as famílias com temas que expliquem as regionalidades e suas características, como a cultura do Sudeste e o surgimento do Funk, para que os indivíduos aprendam a valorizar suas raízes e evitem a menospreza-las. Por fim, cabe à Secretária da Comunicação, por intermédio de propagandas, promover conceitos anti-complexo vira-lata, como dicas cotidianas que evite que esse comportamento seja repassado, como não generalizar uma nação, evitar relacionar comportamento a nacionalidade, para que isso se desconstrua.