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Atualmente, há uma crise econômica entre as editoras de livros no Brasil. A declaração de falência da Editora Abril desencadeou uma queda, que já estava em baixa, das grandes lojas de produtos culturais como a Nobel e a Saraiva. Nesse mesmo período, o setor de festas e e eventos cresceu 41% em quatro anos, segundo o governo. Desse modo, é possível perceber alguns traços da relação do brasileiro com a sua cultura. Assim, a sociedade possui desprezo pelo conhecimento e amor ao hedonismo. O desejo de construir uma alta inteligência não faz parte do imaginário popular. Segundo Aristóteles, "o ser humano possui o desejo de conhecer". Entretanto, em mais de quinhentos anos de história e com mais de duzentos milhões de cidadãos, o Brasil produziu poucos intelectuais, escritores, santos e artistas. Se comparado com países que possuem enorme apreço pela cultura, o país tropical é insignificante para a história mundial. A Alemanha, por exemplo, neste mesmo espaço de tempo, tinha personalidades como Beethoven, Goethe, Hegel, Marx, Lutero, Nietzsche, entre centenas de outros. Assim, é importante que o brasileiro possua conhecimentos culturais mundiais antes de poder construir sua própria rede de saberes. Nesse sentido, a relação cultural tupiniquim é focada apenas em prazeres e na supressão de dores da realidade. Infelizmente, por causa das mazelas do povo (falta de saúde, de moradia, de segurança, de alimentação, entre outros) forçam a busca pelo hedonismo, seja no sexo ou nas drogas. O principal objetivo das pessoas que frequentam baladas é a busca pelo parceiro sexual e pelo consumo de álcool. Por causa disso, a cultura desses locais não é a apreciação de uma música ou de uma apresentação de dança. Desse modo, a cultura de balada e a formação de intelectualidade não estão no mesmo plano. Portanto, a relação do país tropical com a sua própria cultura é apenas um nojo pelo conhecimento e um desejo de suprir suas carências. Apesar disso, existem medidas que podem ser implementadas para diminuir tal problema. A principal é a participação do Estado, por meio do Ministério da Cultura, que deverá criar uma matéria específica de cultura nas escolas de ensino fundamental e médio. Nessas aulas, os alunos deverão ter um contato interdisciplinar de literatura, música, artes variadas e filosofia. É esperado que os professores floresçam o desejo e o interesse de estudar nos alunos. Assim, incentivando o consumo de produtos culturais, o povo brasileiro possa sair de sua decadência social e política e possa formar personalidades como Beethoven, Goethe e Nietzsche.