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O escritor pré-modernista Lima Barreto retrata em sua obra literária "Triste fim de Policarpo Quaresma", a história de um homem patriota que é fanático pela nação, no qual, seu propósito agrega a população vivenciar os costumes, danças, língua e ritmos do país. Entretanto, atualmente isso é bem diferente da abordagem do personagem, pois a sociedade valoriza mais a cultura estrangeira, com isso a falta de acesso a cultura, gera ignorância no comportamento cívico, devido a desconstrução da identidade nacional e a desvalorização de conhecer sua própria trajetória. A princípio, a desconstrução nacional começa através dos portugueses no século XV com a imposição da sua cultura para os indígenas no intuito de promover apropriação sobre o território e dominar os mesmos, após a colonização o Brasil continua a receber várias influências de outros lugares do mundo. Desse modo, o povo passa a adotar costumes do exterior e menosprezar suas raízes, devido a influência da formação sociológica que reflete na contemporaneidade. Contudo, o brasileiro desvaloriza sua própria identidade, pelo simples fato do difícil acesso ao cinema, biblioteca, teatro, arte e poesia. De acordo, com o Instituto IPEA (Pesquisa Econômica Aplicada) relata que a maior parte dos municípios sofre de forma precária no que desrespeita a valorização da cultura por causa dos maus hábitos do passado que se reflete no cotidiano das pessoas e órgãos públicos que fomentam para essa situação.Todavia, a riqueza da nação passa desapercebida por causa da busca constante de valores culturais pertencentes a outros países, ou seja, demonstra o desinteresse da população em aprender suas origens. Evidencia-se, portanto, para que a falta de acesso a cultura seja sanada será necessário que as escolas crie novos métodos de ensino nas matérias de história, geografia e sociologia à abordagem da diversidade étnica mostrando através de peças teatrais acontecimentos que deram ênfase a formação nacional como a Semana de Arte Moderna que foi um grande marco para o país. Em contra partida, é preciso que o Ministério da Cultura em parceria com Ministério da Educação lance campanhas socioeducativas para a sociedade ampliar seu conhecimento com livros, pintura, dança folclórica e religião para que o público conheça sua própria cultura, também será de grande importância que a mídia divulgue riquezas naturais existentes no país. Sendo assim, o Brasil de Policarpo Quaresma pode se tornar realidade.