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Enviada em: 03/05/2019

"A arte existe para que a realidade não nos destrua." O filósofo alemão Nietzche, já em sua época, afirmava uma informação importante: a relevância da arte para a vida humana. Na contemporaneidade, esse fenômeno é diferente, visto que há a desvalorização cultural no Brasil, o que representa, assim, um desafio a ser enfrentado. Dessa forma, é necessário avaliar os efeitos desse cenário, que prejudicam a evolução nacional, para então, solucioná-los.    De início, cabe salientar que o subaproveitamento da cultura consolida a desigualdade social. Segundo John Rawl, uma sociedade bem-ordenada é aquela que respeita as diferenças e o fim da desigualdade é objetivado. Sabe-se que a cultura brasileira pode ser um dos principais meios de transformação social, utilizando a forma artística como ferramenta, uma vez que, através de projetos em comunidade - como a música, esporte, teatro e cinema - tende a ampliar o conhecimento de mundo e oferecer novas oportunidades às crianças e jovens em situação de risco; os quais estão naturalizados com a criminalidade das favelas. Logo, sob perspectiva do filósofo americano, é visível o valor artístico como vetor de justiça social, o que favorece à criação intelectual e o apreço pela cultura dos indivíduos marginalizados na sociedade brasileira.    É notório ainda, que o menor investimento governamental no âmbito cultural limita a expansão do desenvolvimento econômico brasileiro. Observa-se que as atividades culturais geram emprego e renda, além de incentivar um progresso justo e sustentável para o país. Todavia, esses projetos ao necessitarem dos recursos públicos, dependem apenas da Lei de Incentivo - conhecida como Lei Rouanet - que possui um longo processo de análise para aprovar os programas culturais. Por conseguinte, a complexa burocracia do governo acaba desestimulando a adesão de mais eventos artísticos. Assim, o desinteresse estatal prejudica a capacidade da cultura de influenciar positivamente a evolução do país.     Fica claro, portanto, a importância da cultura para a prosperidade do Brasil. Nesse sentido, o Governo Federal deve implementar ações visando a valorização da cultura, por meio do Poder Legislativo, com a promulgação de mais leis acessíveis de financiamento e incentivos aos projetos nesse âmbito, além de estabelecer uma cota mínima para custear essas atividades mensalmente, com o objetivo de, cada vez mais, apoiar mais ações artísticas, mormente em periferias. Ademais, através do Ministério da Cultura, deve divulgar e expandir, a nível federal, o valor transformador da cultura. Espera-se, com isso, garantir o prestígio que a cultura brasileira merece e o seu crescimento no país.