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É inegável que o Brasil é um país historicamente diverso no âmbito cultural, seja na música, nas artes visuais etc. No entanto, a pouca difusão e incentivo ao contato com tais manifestações culturais perpetua uma desvalorização do acervo artístico nacional. Logo, são imprescindíveis mais ações governamentais, tendo em vista a valorização e o contato mais assíduo com a cultura no país. A princípio, convém ressaltar que, embora haja incentivos financeiros legais destinados à produção de arte como a Lei Rouanet, por exemplo, o Estado falha no que tange o incentivo ao contato com tais produções. De acordo com pesquisa publicada no jornal Gazeta do Povo, mais de 50% dos brasileiros nunca foram a um cinema, museu ou teatro. Tal dado se justifica pela falha na democratização do acesso à cultura, corroborando com o distanciamento do brasileiro do vasto acervo artístico nacional. Em decorrência disso, aliado à forte disseminação da cultura internacional de massa, o povo passa a preterir produções brasileiras em detrimento às hollywoodianas, por exemplo. Para esses, obras como “Que horas ela volta?”; “Estação Brasil”; “Tropa de Elite”, por exemplo, são pontos fora da curva. Todavia, são apenas alguns nomes do cinema nacional que consagraram artistas como Fernanda Montenegro, Regina Casé e muitos outros. Logo, faz-se clara a necessidade de difusão da cultura nacional. Diante disso, cabe ao Ministério da Cultura a promoção de festivais abertos de cinema nacional, possibilitando o contato da classe popular – que não pode pagar pelo acesso à arte – com obras brasileiras. Ademais, cabe ao Estado a democratização do acesso à cultura artística no Brasil; para isso, incentivar financeiramente companhias de teatro itinerante é uma alternativa para levar as artes cênicas aos mais diversos lugares do país. Feito isso, uma parcela maior da sociedade teria contato com as produções artísticas nacionais, valorizando enfim o que o país tem de mais belo: a cultura.