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Enviada em: 06/07/2017

Com a consolidação do Capitalismo no mundo ocidental, o Brasil viu-se forçado a se industrializar. Esse processo, entretanto, ocorreu de forma desordenada, com pouco ou nenhum planejamento social. Desse modo, as contradições capitalistas no país se acentuaram. Desemprego, exclusão e segregação entre a população, precariedade na saúde e educação, periferização, violência e fome elevaram-se no território. Diante desse cenário, eis um desafio a sociedade brasileira: assistencialismo eficaz para corrigir os impasses gerados na história do país.               As desigualdades geradas tem origem na concentração de renda, impedindo o crescimento igualitário. Ressaltando a alta posição que o Brasil ocupa no ranking de potências mundiais e o incoerente nível de pobreza em algumas regiões tornam o problema evidente. Dessa forma, a isonomia é uma realidade distante. Ainda que políticas assistencialistas existam, tais como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, a população de baixa renda continua sujeita a uma qualidade de vida inferior. Infelizmente, devido a isso, pesquisas do IBGE apontam uma expectativa de vida de 3 anos a menos nessa camada.             Nesse cenário de contrastes, o direito assegurado pela Constituição Federal, participação de todo o cidadão na sociedade, não se confirma. Com a grande exclusão das classes D e E, compromete-se o desenvolvimento socio-educacional desses indivíduos. O precária sistema de ensino público não é eficaz para prepara-los ao mercado de trabalho, assim, os índices de desemprego crescem. Uma consequência disso, é o elevado número de jovens que se marginalizam, comprometendo a segurança nacional. Conclui-se, então, a urgência de medidas para atenuar essa disparidade.                Destarte, é imperativo soluções para a problemática supracitada. Dado a importância da sociedade no indivíduo, como apontou o sociólogo Emille Durkheim, é necessário que o mesmo se sinta inserido e participante da população onde vive. Logo, é papel do Poder Público criar estratégias para isso. Com o dinheiro recebido dos impostos pela Receita Federal, o Governo deve investir em educação, disponibilizando cursos profissionalizantes para que o cidadão se insira no mercado de trabalho e tenha alternativas à miséria e a marginalização. Além disso, deve acentuar a disponibilidade de políticas assistencialistas, através de parcerias público-privada, a fim de abranger um maior público. Com isso, o país vencerá a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos, como parafraseou  Ariano Suassuna.