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Enviada em: 15/06/2019

A série britânica Black Mirror apresenta uma narrativa focada nas consequências trazidas pela tecnologia, especialmente quando incorporada à sociedade. Assim, as histórias servem de plano de fundo para entender como os dispositivos tecnológicos podem ajudar a diminuir a criminalidade. Sob esse viés, cabe analisá-la como meio de prevenção dos crimes, além de servir para os investigar.         A priori, o alto investimento da prevenção se contrapõe ao bom retorno social. Dessa forma, percebe-se que tudo o que se faz ou se deixa de fazer causa um impacto na vida das pessoas, como afirma o sociólogo Zygmunt Bauman. Por isso, os custos da implementação de novos dispositivos (como as câmeras de alta definição, os radares e novos auxiliadores de pesquisa) que ajudem os policiais, por exemplo, deverão ser adquiridos, o que traria uma mudança positiva na sociedade. Consequentemente, ver-se-ia um aumento na prevenção de crimes, uma vez que poderiam ser monitorados com mais facilidade.          Além disso, as tecnologias disponíveis no campo forense podem servir de instrumento para a solução de crimes. Nessa lógica, o filósofo italiano Norberto Bobbio diz que a dignidade humana deve ser respeitada pelo Estado. Entretanto, não é isso o que acontece, uma vez que o aparato de segurança nacional ainda apresenta falhas consideráveis, como a não resolução de infrações. Dessa forma, o Estado impede o aumento de crimes resolvidos pelas investigações, pois não investe o necessário na medicina legal, que é a principal ferramenta de solução criminal.        Portanto, para que haja um maior controle da criminalidade, o Estado — principalmente o Mistério da Segurança Pública — deve aumentar os investimentos de dispositivos eletrônicos, por meio de apoio as inciativas acadêmicas de desenvolvimento tecnológico, para que o bem estar social, pauta bastante discutida na série Black Mirror, possa ser elevado. Assim, diminuir-se-iam os incômodos causados pelos crimes, e a sociedade mudaria com essa ação, como afirma Bauman.