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Enviada em: 17/06/2019

"Tinha uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tinha pedra". O recorte do poema de Drummond pode fazer analogia à questão do uso de tecnologias consideradas obsoletas na batalha contra à criminalidade no Brasil, que é um problema que gera incômodo à sociedade. Posto isso, é necessário analisar as causas para efetuar-se uma investida eficiente a essa praxe que é papel tanto do Governo, quanto da sociedade.           De início, é importante pontuar que as políticas públicas têm papel fundamental na superação desse obstáculo. Segundo Aristóteles, o Governo deve, acima de tudo, garantir o bem-estar da população. Porém, por vezes, nota-se o descaso das autoridades públicas em relação à implementação de novas tecnologias para combater à criminalidade. Esse fato fica mais explícito quando comparamos alguns departamentos de segurança brasileiros, responsáveis pelo combate ao crime, os quais utilizam tecnologias ultrapassadas como auxílio, com os departamentos de segurança de outros países. Dubai, por exemplo, já faz o uso de robôs em rondas policiais. Dessa forma, o Governo fere os princípios aristotélicos, haja vista que o não investimento nesse setor pode causar danos e prejuízos à sociedade.           Ademais, quando a sociedade se faz indiferente à problemática ela contribui para acentuação da mesma. Consoante Oscar Wilde, a insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou de uma nação. Em um país, em que os recursos públicos são limitados, em alguns casos por conta de  desvios de dinheiro, e poucos investimentos são feitos, no que se refere à adesão das novas tecnologias no combate à criminalidade, cabe à população realizar um trabalho em conjunto de forma a apoiar e a fazer pequenas doações à polícia para que esta possa usufruir desses bens e melhorar a qualidade e eficiência das investigações. Diante disso, é imprescindível que a sociedade tome ciência de que mesmo o combate à criminalidade sendo dever do Estado, a segurança é uma aspiração de todos.           Conclui-se, diante do exposto, que a carência do uso da tecnologia como acessório para o combate à criminalidade ainda é uma realidade no Brasil. Sendo assim, com o objetivo de reverter esse revés, urge, que o Estado, por meio de envio de recursos ao Superministério da Justiça, invista na instalação e implementação de novas tecnologias, de reconhecimento facial, câmeras de videomonitoramento em locais com intensa movimentação e assim por diante,  ao corpo investigativo brasileiro. Com isso, a vitória contra o crime será facilitada e a plena segurança passará de uma utopia distante para uma realidade mais próxima. Assim, essa pedra, que é o uso de tecnologias consideradas obsoletas na batalha contra à criminalidade, poderá ser retirada do caminho social.