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Enviada em: 04/07/2019

A série televisiva americana CSI (em português: Crime, Cena e Investigação) é famosa por demonstrar o uso de tecnologias avançadas em prol da segurança pública. De maneira análoga à ficção, a utilização dos atuais aparatos digitais para a resolução de crimes é um tema amplamente debatido. Sendo assim, é evidente que, no quesito combate à criminalidade, é necessário considerar as aplicações da tecnologia e o seu acesso.   Primeiramente, vale ressaltar que a tecnologia pode ser usada tanto a favor, quanto contra a ilegalidade. Nesse contexto, é notório que os criminosos usufruem de aparatos avançados, de maneira que o desenvolvimento de tecnologias para combatê-los é necessário. Prova disso é o uso desses dispositivos para delitos online, como o acontecimento que propiciou a Lei Ana Dieckmann, em 2012, em que informações confidenciais da atriz foram ilegalmente divulgadas.  Ademais, é preciso considerar que há uma significativa parte da população brasileira que não dispõe de acesso às tecnologias recentes. Nesse sentido, os dispositivos tecnológicos que combatem a criminalidade, como drones e sistemas avançados de alarmes, só serão aproveitados por uma parcela da sociedade. Isso ocorre devido às desigualdades econômicas do país e tem como consequência a vulnerabilidade ao crime da população sem acesso à proteção tecnológica.   Portanto, alterações precisam ser feitas nesse cenário visando sua plena eficiência. É necessário que o Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia, canalize subsídios para a pesquisa e desenvolvimento de dispositivos e sistemas que combatam ativamente o crime, como o estabelecimento de câmeras de vigilância em locais públicos, por exemplo, a fim de que o uso da tecnologia para meios legais sobressaia o seu uso para ilegalidade. Além disso, é preciso que as políticas de combate à criminalidade sejam essencialmente públicas, para que toda a população possa usufruir da proteção tecnológica.