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Enviada em: 22/06/2019

No “Reality Show” Big Brother Brasil, uma série de pessoas são colocadas para viverem em uma casa, monitoradas por câmeras o tempo, de modo que a constante sensação de vigilância promove a coação dos indivíduos e diminua a quantidade de atos infracionais cometidos. Ao se analisar a sociedade contemporânea, muito é discutido sobre o uso dos meios tecnológicos para auxiliar no combate à criminalidade. Apesar da histórico falta de investimentos na área de segurança, a aparato tecnológico facilitaria o trabalho da polícia, aumentando, assim, a segurança dos cidadãos.      A priori, é válido salientar que, desde a fundação do Estado brasileiro, é ínfimo o fomento destinado à segurança da população. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2016, o Brasil gasta 1,5% do PIB em segurança pública. Dessa forma, os baixos investimentos resultam na precária infraestrutura do sistema, indo desde o salário dos policiais até a disponibilidade de recursos tecnológicos, dificultando a consolidação de uma sistemática eficiente de combate à criminalidade.   Em contrapartida, o investimento em modernização do complexo policial amenizaria a taxa de criminalidade, resultando na menor necessidade de fomento para o sistema penitenciário. Michel Foucault, em seu livro “vigiar e punir”, apresentará a modelo do Panóptico, no qual por meio da constante sensação de monitoramento, os indivíduos, coagidos, tendem a agir conforme a lei. Prova disso é que, Rio Grande do Sul, terceiro estado brasileiro mais seguro, de acordo com a Macroplan, é também um dos que mais investes em Tecnologia no ramo da Segurança Pública.     Infere-se, portanto, que a agenda de segurança pública deve estar no centro de debate e que a modernização é necessária para amenizar a problemática. Dessa forma, cabe ao governo, nas figuras do Poder Judiciário e do Ministério Público, liberar fomento para que o complexo policial possa ser modernizado, através de ampliação do monitoramento por câmeras de segurança, aplicativos em que a população consiga fazer registro de ocorrências e salas de videoconferências nas delegacias, tal como implantado no estado de São Paulo. Pois, somente assim, conseguir-se-á reduzir a taxa de criminalidade no Brasil.