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Enviada em: 22/06/2019

Segundo o notável tecnólogo Steve Jobs, a tecnologia ajuda no progresso e no desenvolvimento do mundo. Todavia, no Brasil, essa linha de pensamento do autor está sendo parcialmente deturpada, uma vez que a tecnologia não tem sido usada, como poderia ser, para combater a criminalidade. Nesse sentido, a negligência Estatal em não fomentar o emprego tecnológico para esse fim se mostra como um dos principais fatores que sustentam essa realidade, a qual contribui para a edificação de uma sociedade mais vulnerável, e, por isso, precisa ser mitigada.     Nesse cenário, percebe-se, que a falta de investimentos Estatais no ramo da segurança eletrônica constitui um dos principais desafios a serem enfrentados. Em defesa disso, uma pesquisa realizada por estudantes de robótica da USP (Universidade de São Paulo) mostra que, em 2018, apenas 7% do montante destinado aos fins de segurança social foram voltados para o setor tecnológico de segurança. Ademais, segundo a ANT (Agência Nacional de Transportes), tem se tornado difícil a identificação de crimes infracionários no trânsito, em função da carência de câmeras com boa resolução em alguns pontos das cidades brasileiras, corroborando para a instabilidade e desarmonia no corpo social.    Além disso, os poucos incentivos às empresas de segurança, sejam eles financeiros bem como de reconhecimento, constituem outro cenário desafiador. Isso se explica pelo fato de que se houvessem incentivos como os mencionados, talvez esses polos seriam mais engajados em aprimorar técnicas inovadoras de segurança com a tecnologia, ajudando a minorar, dessa forma, os crimes no Brasil. Soma-se, a isso, o fato de que ainda não existe um estímulo a jovens universitários de eletrônica para se desenvolver aparelhos relacionados à segurança pública, o que estrutura uma sociedade mais susceptível à criminalidade, semelhante à realidade do Brasil no século XX, durante a urbanização.     Destarte, medidas fazem-se necessárias para tornar a tecnologia uma ferramenta de combate à criminalidade. Assim, o Estado deve melhorar a estrutura do sistema de segurança, por meio de um direcionamento de verbas para a compra de equipamentos eletrônicos de monitoramento, a fim de se ter um melhor desempenho das investigações criminalísticas. Em adição, compete ao Ministério do Trabalho, reconhecer e incentivar financeiramente empresas que desenvolvam sistemas de segurança pública, concedendo certificados e prêmios em dinheiro, para que haja uma maior disposição desses órgãos em trabalhar em prol da sociedade. Por fim, cabe ao Ministério da Educação, estimular jovens estudantes na área eletrônica a criarem aparatos de segurança pública, oferecendo recompensações aos mesmos, com o fito de se potencializar a capacidade de evolução tecnológica aliada à redução da criminalidade. Decerto, assim, poder-se-à construir um país mais seguro e desenvolvido.