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Enviada em: 22/06/2019

O absoluto controle da sociedade descrito por George Orwell no livro 1884, poderia ser um argumento contra o uso da inteligência artificial como instrumento auxiliar no combate ao crime. No entanto, a realidade mostra o contrário. É imprescindível a utilização das novas tecnologias na garantia da segurança pública. Para isso, é preciso investimento e integração entre as forças de segurança.        A priori, o Estado tem sido incompetente na destinação do orçamento da União. Gastou-se demais em obras desnecessárias que nunca foram concluídas, em detrimento do investimento nas novas ferramentas de inteligência em segurança pública. Segundo o TCU, o Brasil precisa investir 1,1 bilhão por ano em presídio, durante 18 anos para evitar a superlotação carcerária. Porém, se parte desse orçamento fosse destinada a implantação novos equipamentos tecnológicos de prevenção ao crime, possivelmente haveria um declínio dessa tendência.        Ainda, nesse contexto, esse investimento tem que está associado a integração entres as Polícias Federal, Militar e Civil. Do contrário, o desperdício do dinheiro público, continuará. Assim sendo, todos têm que compartilhar do mesmo banco de dados. Hoje, o reconhecimento biométrico é possível por traços físicos e o comportamento humano é analisado por atitudes individuais e coletivas. Com base nessas informações, a polícia poderá ser acionada e evitar que o ato criminoso seja consolidado.        Vê-se, portanto, que se deve melhorar o sistema de inteligência e integração entre as forças de segurança. Para isso, o Ministério da Justiça deverá integrar todo o sistema nacional. E ainda, remanejar recursos para licitar equipamentos de monitoramento, além de capacitar todos os operadores na leitura e interpretação das imagens. Com isso, espera-se melhorar a segurança pública, sem, contudo, suprimir as liberdades individuais como ocorrera na obra de George Orwell.