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Enviada em: 26/06/2019

Tony Stark é o super-herói Homem de Ferro, o qual, ao invés de super-poderes, tem como única arma a tecnologia. É por meio dela que ele construiu sua armadura, foi capaz de atirar, de voar e, dessa forma, combater os vilões e a criminalidade. Fora do mundo dos quadrinhos, a realidade é diferente, entretanto, o que ambos possuem em comum é a violência. Nesse cenário, os índices de criminalidade vêm aumentando nos últimos anos e a tecnologia seria aliada fundamental no combate a essa chaga social, se não contasse com entraves como falta de incentivo e de investimentos para consolidá-la como caminho principal rumo à segurança nas cidades brasileiras.       A princípio, é preciso ressaltar que apenas a atuação policial não é suficiente para vencer o crime. Como exemplo, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, entre 2015 e 2017, apenas no Acre, o índice de homicídios cresceu 137,79%, dado que demonstra a falta de estratégia e inteligência no combate à ilegalidade. Nesse sentido, o uso da tecnologia seria fundamental para somar à polícia, deixando-a mais capacitada e eficiente. No entanto, existem poucas câmeras instaladas em vias públicas e não há cursos suficientes para capacitar os policiais e funcionários públicos para operarem os sistemas eletrônicos, o que demonstra o pouco incentivo governamental nesse âmbito.       Outro desafio a ser superado é a falta de investimento público. Partindo do fato de que o Brasil possui extensão continental, suas fronteiras são muito extensas e, por isso, difíceis de serem monitoradas. Sob essa perspectiva, segundo o Jornal O Globo, apenas 4% das fronteiras são devidamente fiscalizadas, logo, tornam-se rotas de tráfico de drogas e armas vindas de países vizinhos, como Colômbia, Bolívia e Uruguai. Nessa conjuntura, caso o Estado investisse mais em sistemas de ponta e implantasse o uso de drones, radares e aparelhos de vídeo-vigilância, isso seria uma ótima saída para melhorar a fiscalização e coibir o tráfico.       Fica evidente, portanto, que a tecnologia é primordial nessa problemática. Dito isso, o Ministério Público deve incentivar seu uso, mediante cursos para policiais ministrados por profissionais de tecnologia da informação, para que aprendam a operar sistemas de dados, identificações biométricas e gravações de câmeras de vias públicas, rumo à eficiência na resolução de crimes. Ademais, cabe à Receita Federal, junto da Secretaria do Tesouro Nacional, destinar verbas específicas à Polícia Federal para adquirir equipamentos e, com isso, tornar a fiscalização nas fronteiras mais eficaz, rumo à inibição do tráfico. Assim, a sociedade não precisará de heróis para combater a criminalidade, pois terá a tecnologia como sua maior aliada.