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Enviada em: 07/07/2019

Para o filósofo Michel Foucault, a sociedade não é de espetáculos, mas de vigilância. Visto que, o poder não é a lei, mas sim, a norma, que produz condutas, gestos e o próprio indivíduo moderno. Nesse viés, a tecnologia, principalmente, as câmeras de vigilância exercem a função de combater a criminalidade nos grandes centros urbanos. Entretanto, essa medida pode ser classificada como paliativa, isto é, na maioria das vezes, a violência ocorre, é observada e na sequência ocorre a investigação, não impede o crime. Sobre essa perspectiva, o combate à criminalidade é dever do Estado, sendo necessário analisar tal quadro, intrinsecamente ligado a aspectos educacionais.                         Primeiramente, o objetivo que se pode esperar da tecnologia é o de exercer o controle consciente e permanente de visibilidade, por meio da aparente onipresença das câmeras na mente dos infratores. Assim como o efeito do Panóptico, que foi um projeto de sistema penitenciário, criado por Bentham, no qual o observador central poderia ver todos os locais onde houvesse presos e tornar mais eficiente o controle do estabelecimento. Nesse sentido, a execução do videomonitoramento se mostra um excelente auxiliar na atuação da polícia, que consegue solucionar casos com mais eficiência.         Ademais, o Brasil é um dos países mais violentos, caracterizado, nesse contexto, pela grande maioria de homem, jovem, negro e de baixa escolaridade. Posto isto, percebe-se que a educação é a principal base para o desenvolvimento de uma sociedade. Segundo o Portal da G1, o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas aponta que há uma relação inversa entre o crime e o ensino, pois quanto maiores são as taxas de escolarização, menores são os registros de violência. Nesse cenário, a educação é defendida como sendo capaz de estimular a reflexão e criar mecanismos para transformar as escolar em grandes armas contra o crime.         Portanto, devido à necessidade de minimizar a violência, é preciso modificar o ensino no país e transformá-lo em um combatente do crime. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Justiça e Segurança pública, juntamente com o Ministério da Educação, deve investir em educação para garantir que alunos e professores possuam uma das melhores estruturas possíveis, destinando parte do orçamento nacional adequadamente, a fim de modernizar e inovar o sistema escolar, como computadores e internet, para otimizar os professores a ministrar suas matéria de forma mais dinâmica e divertida. Assim, jovem mais bem qualificado é menos suscetível de se envolver com o crime.