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Enviada em: 03/07/2019

"Tinha uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma pedra". O recorte do poema de Drummond pode fazer analogia à questão do pouco uso da tecnologia como acessório no combate ao crime, que é um problema que gera incômodo à população brasileira. Posto isso, é necessário analisar as causas para reverter esse quadro que é papel tanto do Governo, quanto da sociedade.           De início, é importante pontuar que as políticas públicas têm papel fundamental na superação desse obstáculo. Segundo Aristóteles, o Governo deve, acima de tudo, garantir o bem-estar da sociedade. Porém, quando o Estado decide investir superficialmente  na segurança pública,  de modo a não beneficiar esse setor com o que há de novo no mercado tecnológico, ele fere os princípios aristotélicos, haja vista que esses subsídios facilitariam o combate e a prevenção contra o crime. No Ceará, por exemplo, conforme o jornal O povo, nos anos 2016 e 2017, o número de roubos de veículos foi reduzido em 30,9% com o uso da tecnologia.            Ademais, o hábito criminoso de fazer uso da tecnologia para o mal é crescente no país e contribui para a acentuação da problemática. Os hackers, responsáveis por ataques cibernéticos governamentais e a população, estão em alta. Além disso, é comum a regularidade de casos noticiados, em que indivíduos mal-intencionados utilizam da tecnologia para invadir à privacidade e, a intimidade das pessoas. Nesse contexto, a frase do historiador Arnold Toynbee, “tornamo-nos deuses na tecnologia, mas permanecemos macacos na vida” enfatiza a necessidade de criar responsabilidade no uso desses meios de monitoramento.           Conclui-se, diante do exposto, que a questão do pouco uso da tecnologia no combate ao crime, ainda é um problema atual e a ser resolvido no Brasil. Sendo assim, com o objetivo de reverter esse revés, urge, que o Superministério da Justiça, por meio da captação e da excelente otimização  na utilização dos recursos enviados pelo Estado, invista na instalação e implementação das novas tecnologias ao corpo investigativo brasileiro. Ainda assim, é indispensável que o Estado direcione mais verba nesse setor, com o objetivo de melhorar a qualidade investigativa na busca e confronto direto com  os infratores que usam para o mal, a tecnologia. Dessa forma, essa pedra, que é o pouco uso da tecnologia no combate ao crime, poderá ser retirada do caminho social.