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Enviada em: 09/07/2019

Adaptação ao tema: Ciência x Ética no Brasil                                                                           Apenas Teoria     À mercê do cenário desenvolvimentista do século XVIII, o movimento iluminista teorizou, como um dos seus legados mais importantes, a responsabilidade científica face aos avanços técnicos. No entanto, posta à margem, tal premissa corrobora para a visualização de uma problemática inerente à sociedade brasileira atual: o crescimento da ciência, às custas da negligência ética, constrói uma esfera pautada por impactos sociais e pela amaça à legitimação da democracia. Urge, logo, um olhar maior de enfrentamento à causa.     Em primeiro plano, é coerente a afirmação de que o moderno contexto de globalização caracteriza uma era de paradoxos nos diversos âmbitos construtivistas. Isso se evidencia pela promoção de mecanismos científicos que, embora ponham em xeque princípios como a saúde, ocupam um lugar de ênfase na atualidade. Nesse sentido, destaca-se o crescente uso de agrotóxicos na agricultura moderna verde-amarela — que segundo uma coluna médica exposta por pesquisadores da USP, é um artefato causador de doenças e intoxicações diárias. Dessa forma, é contraditório que o maior país da América Latina ainda seja não tenha a ética como base para a preservação da saúde.      Ademais, torna-se pertinente frisar que além do âmbito econômico e comercial, as consequências sociais geradas pela ambição desenvolvimentista são incalculáveis no território brasileiro e mundial. À vista disso, pesquisadores revelam, por meio do documentário americano ''Cowspiracy'', que ainda hoje é vigorante no ocidente práticas de exterminação de aldeias culturais e espaços de preservação, como tribos, em prol da expansão científica, produtora e tecnológica. Assim, é lúcido que enquanto não houver um rearranjamento em heranças históricas, a harmonia dos diversos espaços sociais estarão fadados ao declínio.     Impende, pois, a aplicação e intensificação de medidas, nas quais tenham como fim a conciliação da ciência junto à ética. Em meio a isso, compete ao Ministério Público criar novos órgãos fiscais, que acompanhem métodos produtivos e apenas legalizem à exposição ao público face à garantia de segurança, principalmente na área da saúde. Ao Ministério da Educação, por sua vez, convém implementar na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) a maximização do estudo histórico atrelado à ética, a fim de ressaltar a importância da preservação de patrimônios e áreas de natureza frente ao desenvolvimento em diversas áreas. Por conseguinte, cumprir-se-ia um país cujo respeito ético seria um princípio priorizado e que, logo, faria jus à teoria firmada no século das luzes.