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Enviada em: 13/07/2019

Durante o século XX, no Brasil e no mundo, a rápida ascensão da tecnologia revolucionou a dinâmica global com a invenção e o uso dos satélites, dos computadores, da internet, dentre outros. Desse modo, sabe-se que a atuação daquela está diretamente vinculada à vigilância das fronteiras e, principalmente, da criminalidade pelas autoridades de uma nação, sobretudo dos países com altos índices de violência. Contudo, dentro da sociedade contemporânea, a divergência de opiniões sobre o seu uso põe em evidência a necessidade de discussão dos valores morais e éticos, para a sua aplicação, e a otimização dos mecanismos de investigação coercitiva.      Em princípio, entende-se que muitos países sofrem com o problema internacional do narcotráfico, especialmente onde as legislações e as políticas públicas encontram dificuldades de combatê-lo. Dessa forma, o Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, enfrenta uma rede bem articulada de quadrilhas especializadas no tráfico de drogas, o que fez o governador Witzel, em 2019, anunciar medidas extremas, como uso de drones equipados com armas letais. No entanto, a sociedade brasileira ficou dividida acerca do uso desses equipamentos, pois esta ação pôs em debate os limites e os princípios sociais que as tecnologias devem respeitar para a sua boa aplicação.     Ademais, no Estado de São Paulo, a utilização de scanners e de sistemas de imagens remotas ajudou no aumento das apreensões de drogas e de produtos pirateados no Porto de Santos, o maior do Brasil. Desta maneira, segundo a Polícia Federal, em 2018 foi interceptado e detido cerca de 95% a mais de cocaína que seria exportado pelo porto, em relação ao ano anterior. Logo, percebe-se o emprego de técnicas mais sofisticadas na efetivação do combate à criminalidade nos mais diversos cenários de atuação dos criminosos, enaltecendo as investigações policiais e aproximando as reais vantagens à população.     A tecnologia no combate à criminalidade, portanto, precisa de uma discussão social que esclareça seu uso legítimo e seus benefícios. Assim, a comunidade internacional deve legislar sobre o uso consciente e eficiente das tecnologias policiais, mediante discussão em congressos sobre o assunto, respeitando os princípios da dignidade humana expressos em tratados, a fim de diminuir o abuso policial, ao mesmo tempo em que suas vantagens são otimizadas e padronizadas para ao bem-estar dos cidadãos. Destarte, futuramente, a tecnologia será uma aliada dos governos e das sociedades no enfrentamento aos infratores da lei.