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Enviada em: 18/07/2019

A Corrida Espacial marcou o período da Guerra Fria, e foi a grande protagonista no rápido desenvolvimento da maioria das tecnologias que hoje temos à nosso serviço. Exemplo disso, são os sistemas de monitoramento via satélite e câmeras de segurança capazes de reconhecer rostos - o que simplifica o trabalho da polícia no Brasil. Entretanto, nem todas as cidades brasileiras tem acesso a esses equipamentos, consequência da falta de interesse do Poder Executivo em aliar-se a tecnologia no combate à criminalidade, e investir em segurança pública.    Em primeiro lugar, devemos levar em conta que os dispositivos tecnológicos foram criados com o objetivo de facilitar o trabalho dos órgãos responsáveis por promover a segurança. Isso significa que o investimento por parte dos municípios em equipamentos, como câmeras de reconhecimento facial - a exemplo, o recente projeto de instalação das mesmas no metrô de São Paulo - não é o suficiente, se não combinado a um corpo investigativo competente: a criminalidade não diminui se os criminosos, além de identificados, não forem julgados e punidos.    Outrossim, o baixo investimento em segurança pública impede que a Polícia Civil possa fazer uso dos meios high-tech da melhor forma, já que atualmente apenas 15,2 mil amostras de DNA, aproximadamente, estão registradas no Banco Nacional de Perfis Genéticos (dados do Ministério de Justiça e Segurança Pública). Ademais, o acesso à tecnologias de reconhecimento de expressão se restringe apenas a grandes centros, bloqueando um trabalho investigativo mais profundo em outras zonas.     Conclui-se, portanto, que para a tecnologia mostrar-se realmente eficaz e presente no combate à criminalidade, é dever do Ministério da Justiça e Segurança Pública investir maciçamente na instalação de câmeras de reconhecimento facial, bem como monitoramento por satélite, em todas as cidades com mais de 30 mil habitantes. Essa medida será um grande investimento à longo prazo, pois apesar do alto custo de instalação, a manutenção desses equipamentos é ínfima.