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Enviada em: 01/08/2019

Em sua obra "vigiar e punir", Michel Focault evidencia a eficiência do monitoramento dos indivíduos no que diz respeito a suas atividades diárias. Longe do cenário filosófico, e adentrando a realidade brasileira, evidencia-se, como a tecnologia pode ser utilizada como mecanismo de supervisão e controle da criminalidade nacional, assim como a relevância do Estado em garantir a eficiência de combate ao crime no país está diretamente ligada ao bem estar da população.      Pontua-se, em uma análise inicial, a necessidade de artifícios tecnológicos que viabilizem o bom funcionamento do modelo "panóptico", pressuposto por Focault, para que tal conceito seja funcional na prática. Tal inviabilidade se dá graças aos diminutos recursos financeiros voltados a implantação da tecnologia nos diversos setores sociais, desde ruas residenciais a grandes centros urbanos. Como consequência da falta de tais investimentos ,observa-se o descontrole operacional da polícia civil que, sem os devidos recursos tecnológicos, não consegue acompanhar em tempo real a ação dos criminosos, ou ao menos prever tais operativos. Prova da necessidade do aumento dessas ferramentas tecnológicos voltadas a segurança pública, no que diz respeito ao combate a criminalidade, é, segundo o IBGE, a queda de 10% nos investimentos em segurança pública de 2016 a 2017.      Observa-se,em paralelo a isso, como a boa operância governamental é capaz de garantir a melhoria na segurança pública, bem como a queda nos índices de criminalidade e consequente melhoria na qualidade de vida da população de um país. Tal fato ocorre devido ao bom gerenciamento do dinheiro público, assim como o uso eficiente de suportes tecnológicos básicos a avançados, ou seja, desde o uso de câmeras de controle externo a utilização de mecanismo de detecção facial de criminosos. Como consequência de tal boa utilização de recursos tecnológicos, têm-se a redução do índice da criminalidade de um país, além do aumento do IDH. Prova disso, segundo a ONU, é o fato de países como Noruega, Dinamarca, Nova Zelândia estarem entre os 10 melhores colocados no ranking do IDH e concomitantemente serem considerados os países com as menores taxas de violência no mundo.      Nota-se,portanto,que para o bom uso da tecnologia voltada ao combate da criminalidade, o Governo Federal,com o auxílio do Ministério da segurança e com o apoio de governantes estaduais e municipais,deve disponibilizar o aumento do repasse de verbas para estados e prefeituras brasileiras.A fim de que,por meio da melhoria do sistema operacional  e o aumento dos aparatos tecnológicos utilizados pelas polícias,como câmeras eletrônicas,drones,e sistemas de identificação avançados,o Estado passe a ter um controle efetivo da criminalidade no país,tal como foi sugerido pelo modelo panóptico de Focault.