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Enviada em: 04/08/2019

A série Black Mirror aborda em vários episódios distopias envolvendo tecnologia e segurança pública. Essa realidade presente em alguns países desenvolvidos não faz parte do Brasil, que ainda carece de estrutura física e econômica para o uso de tecnologia de ponta na segurança do Estado. Desse modo, mesmo que haja o uso desses recursos, eles são ultrapassados, devido a falta de investimentos em pesquisa.        Nessa conjuntura, a dinâmica da formação de policiais em conjunto com o sistema jurídico ainda estão pautados nos moldes da ditadura. No qual, a solução é pensada da mesma forma que no fordismo, com produção em massa de policiais, prisões e juízes, para resolver a criminalidade. No entanto, com o uso de tecnologia de ponta essa estrutura arcaica pode ser reformulada. Toma-se como exemplo, o modelo Panóptico de jeremy Bentham, que Foucault usou no seu livro " Vigiar e punir ", onde os indivíduos não sabem se estão sendo vigiados, havendo um número mínimo de guardas, embasados no protótipo criado de uma prisão circular e espelhada, que pode se adaptar à tecnologia em defesa da população.        Outrossim, essa utopia tecnológica necessita de duas bases: recursos financeiros e investimento em pesquisa. Embora, pareça distante da vida do brasileiro, a substituição por produtos mais modernos, reduz as contas públicas. Como exemplo o uso de chips ao invés de tornozeleiras eletrônicas, produto que exige mais tecnologia mas menor quantidade de matéria prima, podendo ser desenvolvido nas próprias universidades do país.        É evidente, portanto, que o Brasil precisa abandonar as estruturas antigas e financiar pesquisa de ponta. Em vista disso, cabe ao Ministério da educação em associação com o da Ciência, tecnologia e Comunicação fazerem parcerias para produção de tecnologia de segurança pelas universidades do país. É dever também, do Ministério da justiça e segurança pública, estruturar um plano para combater a criminalidade baseado na produção feitas pelas pesquisas das faculdades.