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Enviada em: 24/07/2019

Em 776 a.C., são encontrados os primeiros registros sobre os Jogos Olímpicos que ocorreram na Grécia Antiga, praticados somente por homens no qual as mulheres não tinham permissão nem para assistir. Hodiernamente, o que ocorreu na cidade grega assemelha-se à luta cotidiana das brasileiras, as quais buscam ultrapassar as barreiras que as separam do direito de praticar todos os esportes com respeito. Nesse contexto, não há dúvidas de que a valorização do esporte feminino no Brasil é um desafio o qual ocorre, infelizmente, devido não só a cultura, mas também ao preconceito da sociedade. Portanto, haja vista que é de suma importância uma reeducação da sociedade por meio dos agentes adequados.        Além do mais, a cultura que rege o Brasil carrega um longo histórico de mulheres vitoriosas que não receberam a visibilidade que mereciam, tornando posteriormente um tabu de que somente os homens se destacavam nos esportes. Para ilustrar, Maria Esther Andion Bueno era conhecida como a Bailarina do Tênis. Antes de Guga, foi a maior jogadora do país em todos os tempos. No entanto, continuou sem apoio e recebendo criticas de uma sociedade machista que acreditava que o lugar da mulher não era no esporte.     Outrossim, o preconceito da sociedade ainda é um grande impasse à valorização do esporte feminino. Tristemente, a existência da discriminação contra as mulheres é reflexo da valorização dos padrões criados pela consciência coletiva. No entanto, segundo o pensador e ativista Michel Foucalt, é preciso mostrar às pessoas que elas são mais livres do que pensam, para quebrar pensamentos errôneos construídos em outros momentos históricos. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para transpor as barreiras à valorização no esporte.        Diante do exposto, cabe às instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar acerca da importância da valorização do esporte feminino em palestras elucidativas por meio de exemplos, dados estatísticos e declarações de pessoas envolvidas no tema, para que a sociedade civil, em especial as crianças e adolescentes, não sejam complacentes com a cultura preconceituosa difundida socialmente. Por fim, a Mídia como grande difusora de informação e principal veículo formador de opinião, poderia abordar a problemática, com o fito de incentivar e valorizar as mulheres esportistas por meio de comerciais, uma vez que ações midiáticas têm imenso poder transformador e influenciador. Para que a sociedade de modo geral conscientize-se. Afinal, segundo o ativista Martin Luther King, toda hora é hora de fazer o que é certo.