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Enviada em: 02/08/2019

No filme estadunidense "Ela é o cara", a personagem Viola é uma boa jogadora de futebol mas sempre é impedida de jogar com os garotos de sua escola devido ao preconceito de que mulher não pode ser tão boa quanto o homem. Furiosa, ela aproveita a viagem de seu irmão e decide se passar por ele para jogar no time masculino de futebol. Nessa perspectiva, o preconceito e a falta de visibilidade e credibilidade da mulher no esporte faz com que surjam problemáticas que precisam ser superadas.   Em primeiro lugar, a cultura machista está enraizada na sociedade, corroborando para a dificuldade de inserção da mulher no esporte. Como exemplo de desvalorização e baixa credibilidade proporcionado à jogadora Marta, que com 98 gols marcados se tornou a maior artilheira da Seleção Brasileira, ultrapassando Pelé, com 95 gols. E mesmo assim, não só Marta como diversas outras jogadoras, sofrem com a falta de patrocínio, de visibilidade e apoio.     Devido a essa cultura, muitas mulheres precisaram lutar e ainda lutam para alcançarem o espaço em que os homens já faziam parte há décadas. Dessa forma, o preconceito surge no início da sociedade brasileira, na Era Vargas, quando as mulheres foram proibidas de jogarem futebol por 38 anos devido supostamente ao respeito das condições de natureza femininas pelo Decreto-lei 3199 de abril de 1941. Assim, percebe-se a necessidade de atenção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Federação Internacional de Futebol para essa questão.     Portanto, é evidente que a desigualdade de gênero é presente no esporte e são necessárias medidas para sanar essa problemática. Desse modo, o Estado pode juntamente com a CBF, com o objetivo de favorecer a valorização do desporto feminino, cobrar dos clubes esportivos brasileiros  por meio de uma taxa sobre os ingressos vendidos para investir o valor em entidades esportivas que incluam a participação feminina. E desse modo, mais mulheres como Viola possam praticar o esporte que desejam, sem sofrerem preconceitos.