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Enviada em: 07/08/2019

A muito tempo que as mulheres vem lutando por uma igualdade de direitos na sociedade. Foram diversas as áreas em que já obtiveram representativos avanços, o direito ao voto, a educação, o crescimento da mulher no mercado profissional, entre outros. Recentemente um dos assuntos que está em pauta, após a copa do mundo de futebol feminino é a participação e a valorização do esporte feminino. Historicamente os esportes eram exclusivamente para homens, somente após a Primeira Guerra mundial que as mulheres começaram a ingressar nesta área, tendo em vista o elevado número de mortes dos homens na guerra. No Brasil, ainda são varias as dificuldades e preconceitos que elas vêm enfrentando. Diante desta perspectiva, cabe avaliar os fatores que envolvem este quadro.       A jogadora Marta, brasileira, ganhou seis vezes o título de melhor jogadora do mundo pela FIFA( Federação Internacional de Futebol), ainda é a maior artilheira da Seleção Brasileira em toda a história, superando até o "rei do futebol", Pelé! Tendo em vista tais fatos, seria racional acreditar que o Brasil valoriza o esporte feminino e que existe igualdade de gêneros dentro do esporte. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado deste contraste é claramente refletido ao analisarmos  a divulgação das competições. Os esportes masculinos são amplamente divulgados e televisionados, já os femininos são muitas vezes ignorados, com pouca representatividade na mídia. Além disso, ao analisarmos a diferença salarial entre os atletas dos gêneros masculino e feminino, vemos que existe um grande desigualdade. A própria Marta recentemente alegou que não tem patrocinador justamente pela desigualdade salarial que é proposta, apresentando valores muito inferiores aos dos homens.      É importante tornar visível e valorizar o progresso que se tem feito na valorização do esporte feminino. De 1980 para 2016 a participação das mulheres nas olimpíadas foi 23% maior. Na copa do Mundo de futebol feminino de 2019 diversas campanhas foram feitas para dar destaque e enaltecer o futebol feminino, e mesmo não sendo campeãs da copa, as atletas brasileiras foram campeãs fora de campo, mobilizaram uma nação e deixaram em foco o futebol feminino. Com isso, vemos que mesmo em meio a todos os preconceitos e dificuldades, as mulheres tem estabelecido seu espaço no esporte.       Infere-se ,portanto, que ainda há entrares para garantir a igualdade do esporte feminino. Desta maneira o Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Ministério do Esporte poderia dra palestras, incentivar e desenvolver o esporte feminino nas aulas de educação física, criando desde cedo uma consciência crítica da necessidade de igualdade no esporte nos jovens. Além disso os órgãos coordenadores de esportes deveriam divulgar amplamente as competições femininas, dando maior visibilidade e importância no cenário nacional e, até mesmo, mundial.