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Enviada em: 13/08/2019

Todos os dias, mulheres no mundo todo enfrentam obstáculos pelo simples fato de serem mulheres. No cenário esportivo, não é diferente. Crenças tradicionais e machistas prescreviam que o cansaço físico e a competição, derivados da prática do esporte, eram contrários à natureza da mulher que deveria ficar em casa tomando conta dos filhos. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e culturais.   Em primeiro lugar, é preciso ressaltar a forte carga cultural e histórica relacionada a esse comportamento. O afastamento feminino da prática esportiva é dado sob inúmeros discursos. Dentre eles, ressalta-se, como na Grécia Antiga, o fato de a mulher ser considerada “sexo frágil”, enquanto o esporte seria para os fortes. Até mesmo os professores de Educação Física, na escola, em sua maioria homens, frequentemente, excluem as meninas de algumas atividades.   Por outro lado, observar questões relacionadas à equidade de gênero no esporte em suas diferentes manifestações implica enfatizar que, para as mulheres, ainda são desiguais várias situações quando comparadas aos homens. No esporte, são bem menores os recursos destinados para patrocínios, incentivos, premiações e salários. Além disso, a realização de campeonatos é bastante restrita, exista também pouca visibilidade nos diferentes meios midiáticos e a participação de mulheres em órgãos dirigentes e de gestão do esporte é ínfima.   Fica claro, portanto, que a marginalização da mulher nas práticas esportivas é um aspecto machista enraizado historicamente. A fim de se obter avanços nesse cenário, a escola deve promover, desde cedo, atividades que integrem ambos os sexos, a fim de desconstruir a ideia de que o esporte é só para homens. O governo, por sua vez, deve investir mais nas atletas, conferindo-lhes a possibilidade de seguir a carreira esportiva. É papel da mídia, por fim, veicular mais informações sobre o esporte vinculado à mulher e valorizar as conquistas alcançadas por elas.