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Enviada em: 15/08/2019

Na Grécia Antiga a prática do esporte feminino era vista de forma antagônica nas cidades- estados de Atenas e Esparta, tendo em vista que na sociedade ateniense as mulheres não eram valorizadas, mas na visão espartana elas detinham um dom sagrado de dar origem aos guerreiros espartanos. Nesse contexto, a valorização da prática esportiva das mulheres está diretamente ligado à cultura da sociedade. Sendo assim, cabe analisar os impasses para a valorização do esporte feminino no Brasil, na qual enfrenta desafios na falta de incentivo governamental nas escolas e o precário investimento em patrocínios ao esporte feminino no país.    Em primeiro lugar, a educação escolar tem papel fundamental na valorização do esporte feminino no Brasil. Como já dizia o filósofo Sêneca, “A educação exige os maiores cuidados, por que influi sobre toda a vida”. Paralelamente, a falta de incentivo ao esporte feminino nas escolas traz consequências negativas para a valorização da prática esportiva feminina, pois a educação é o principal pilar da construção de uma consciência cultural do povo brasileiro que insira as mulheres no meio esportivo. Nesse sentido, é necessário que o país promova a inserção feminina no esporte por meio das escolas e projetos sociais educativos.    Em segundo lugar, a desigualdade histórica entre gênero corrobora para a desvalorização do esporte feminino e por consequência na discrepância dos valores oferecidos em salários e patrocínios. Isso pode ser verificado na diferença de valores recebidos pelas atletas de diversas modalidades em comparação com os atletas masculinos, que segundo dados do Correio Brasiliense, em alguns esportes a diferença chega ser em 234 vezes maior para os homens. Isso é explicado pela maior visibilidade recebida pelos atletas masculinos ao longo da história esportiva.    Portanto, medidas são necessárias para alterar esse cenário. Para que os esporte feminino seja mais valorizado, urge que o Governo Federal promova a inserção dos jovens atletas femininos, por meio de aulas integrais com profissionais da área esportivo em ambientes escolares. Além disso, urge que o a sociedade civil cobre das instituições organizadoras de competições esportivas uma maior promoção dos jogos e das atletas femininas por meio de propagandas televisas, com o intuito de dar visibilidade as atletas, e por consequência, melhores patrocínios.