Materiais:
Enviada em: 26/08/2019

O esporte feminino nunca foi uma pauta de destaque no Brasil. Por muito tempo, as mulheres foram deixadas apenas como figurantes nessa questão, sendo até mesmo proibidas de jogarem futebol, por quarenta anos, devido a lei criada por Getúlio Vargas durante o Estado Novo.     A primeira mulher brasileira a participar dos Jogos Olímpicos foi Maria Lenk, na natação, na edição de 1932 em Los Angeles, abrindo portas para a participação feminina brasileira nesta competição, que em 2016, contou com 45% de participação feminina.    A falta de patrocínio é um dos problemas que mais acometem atletas brasileiras. O desafio começa desde cedo. No futebol, por exemplo, as atletas iniciantes sofrem com a falta de categorias de base, que são a porta de entrada para mais oportunidades dentro de sua categoria. Atualmente, foi criada, pela CBF ( Confederação Brasileira de Futebol ) uma regra que ajuda na visibilidade feminina no esporte. Cada clube deverá ter uma seleção feminina para disputar o campeonato brasileiro, aumentando assim, as oportunidades para atletas.   Além do patrocínio, as mulheres lidam diariamente com o machismo dentro do esporte, seja com comentários ofensivos, ou com a desigualdade salarial entre as seleções. Nos Estados Unidos, a seleção feminina de futebol fatura mais dinheiro e mais público do que a masculina, mas ainda assim recebe quatro vezes menos o valor do salário da seleção masculina, segundo um relatório da Federação Americana de Futebol.     Dessa forma, cabe um maior investimento nas categorias de esporte feminina, por parte do Ministério do Esporte, realizando mais campeonatos e ajudando com verba e infraestrutura para clubes e atletas terem condições de exercer sua função com maior qualidade. Além disso, é necessário um maior apoio por parte das emissoras de televisão, transmitindo jogos e campeonatos, o que aumentaria a visibilidade feminina e o apoio e prestígio por parte dos telespectadores.