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Enviada em: 19/08/2019

O livro "Mulheres, Raça e Classe" de Ângela Davis aborda a realidade de mulheres negras durante a escravidão, em que eram tão fortes quanto os homens. Assim, existe um fato histórico que desmistifica a figura e feminina como alguém naturalmente delicada e frágil. Nesse sentido, esportes considerados por muito tempo como exclusivos para o público masculino passam a ser erroneamente invisibilizados para mulheres, pois não são vistos como apropriados para esse grupo. Diante disso, é importante analisar as causas e as consequências da problemática.     Primeiramente, historicamente, as mulheres foram inferiorizadas pela sociedade, não tinham voz ou direito sobre as próprias escolhas. Um exemplo disso está no papel feminino na idade média, em que mulheres eram submissas aos homens. Dessa maneira, o machismo presente na sociedade brasileira é resultado de influências passadas por gerações que inferiorizaram a mulher, o que impede que a mesma se insira em espaços incomuns para esse público, como os esportes. Logo, segundo o site "Secad" na década de 40, o futebol feminino era uma prática proibida, pois era incompatível com a natureza feminina. Ou seja, o preconceito impede o incentivo para que meninas entrem no ramo de futebol e, futuramente, sejam referência e representem as mulheres nesse esporte.     Ademais, de acordo com a SONAFE (Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física) cerca de 125 pessoas foram contratadas pelo comitê dos Jogos do Rio e apenas 25 eram mulheres. Dessa forma, existe um preconceito relacionado à contratação de mulheres que são formadas com na mesma condição masculina, mas são desvalorizadas devido ao prejulgamento referente ao seu conhecimento esportivo e científico. Devido a isso, a SONAFE criou uma campanha "He For She", que significa Ele Por Ela no português, que incentiva o uso das redes sociais para postagens de vídeos e fotos de mulheres que pratiquem esportes. Como consequência, a representatividade faz com que futuras gerações enxerguem grandes esportistas mulheres como inspiração, o que tornaria esse fato algo comum, que geraria uma valorização, por parte da população, e teriam mais mulheres inseridas no mundo dos esportes.     Torna-se evidente, portanto, a necessidade de trazer visibilidade para o esporte feminino. Para que isso seja possível, o Ministério do Esporte deve solicitar eventos esportivos, em cada cidade, que envolva apenas o público feminino da comunidade e que seja aberto ao pública. Para que isso aconteça, o poder Executivo e Legislativo deve liberar verbas para a contratação de profissionais que irão atuar na área, como fisioterapeutas e organizadores, além da estrutura do local. Como resultado,a representatividade irá incentivar a entrada de meninas no esporte e diminuirá o preconceito.