Materiais:
Enviada em: 09/09/2019

As mulheres sofrem discriminação em vários âmbitos, e no esporte não é diferente. Embora seu desempenho esportivo não seja inferior ao dos homens, elas sofrem, principalmente, com a falta de incentivo e de visibilidade. Com efeito, evidencia-se a necessidade de promover maior inserção e igualdade para as mulheres brasileiras no esporte.  Primeiramente, um importante aspecto a ser discutido é a cultura machista ainda muito presente na sociedade, visto que ela tem papel fundamental na subvalorização das práticas esportivas femininas. A título de exemplo, pode-se citar a visão sexista de que as mulheres são frágeis e delicadas, o que, por consequência, tornaria seu desempenho inferior. Como resultado, a capacidade e a credibilidade das atletas são constantemente questionadas.  Tal subvalorização é refletida na disparidade salarial entre esportistas mulheres e homens. Como exemplo, tem-se o salário da jogadora Marta, considerada a melhor artilheira da seleção brasileira, cujo valor não chega nem a 1% do de Neymar.  Além disso, outro fator que prejudica a visibilidade desse tipo de esporte é sua baixa divulgação na mídia. Prova disso é a escassa cobertura televisiva dada ao futebol feminino. Para ilustrar, tem-se o fato de que a Copa Mundial de Futebol Feminino foi transmitida na televisão pela primeira vez em 2019, ainda que exista desde 1991. Consequentemente, isso dificulta que novas pessoas conheçam o esporte ou saibam mais sobre ele.  Portanto, conclui-se que a prática esportiva deve ser igualmente incentivada e valorizada entre os gêneros. Para tal, é necessário que o Ministério do Esporte, com apoio das prefeituras, promova a criação de mais times femininos e invista recursos em sua manutenção e infraestrutura. Junto disso, é também preciso que as escolas façam projetos que motivem as garotas a praticarem esportes. Tais medidas visam aumentar o incentivo e facilitar o acesso a essas atividades. Ademais, é preciso que os veículos midiáticos, especialmente a TV, transmitam os jogos femininos com a mesma frequência que os masculinos, como forma de dar-lhes mais visibilidade e reconhecimento. Assim, é possível aumentar a igualdade nesse âmbito.