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Enviada em: 07/10/2019

Na Grécia antiga, a criação dos jogos olímpicos revolucionou os esportes, no entanto as mulheres eram proibidas de praticá-los. Atualmente, no Brasil, a falta de valorização do esporte feminino, devido ao preconceito, vindo de crenças sociais arcais, junto à escassez de incentivo, dificulta a construção de uma sociedade igualitária.    Pode-se perceber que, a persistência de uma forte carga cultural e histórica contribui para afastamento feminino de atividades desportivas. O Conselho Nacional de Desportos, em 1965, criou uma lei que proibia a prática de esportes, como basquete e futebol, para mulheres, sob o pretexto de serem incompatíveis com as condições físicas naturais femininas. Logo, nota-se que, o errôneo julgamento arcaico e patriarcal de que as mulheres são, e devem ser tratadas como, o “sexo frágil prejudica a inserção feminina no meio esportivo e, consequentemente, a valorização de modalidades exercidas por mulheres.     Além disso, a carência de estímulo aos times oficiais femininos existentes, por meio da falta de visibilidade promovida pela mídia, contribui para agravar a problemática. A Copa do Mundo Feminina de Futebol, ocorrida em 2019, não foi noticiada, tão pouco acompanhada pelos jornais esportivos brasileiros. Situação extremamente oposta à da Copa Mundial de Futebol, no ano de 2018, na qual a seleção masculina foi regularmente seguida e apoiada por todos os meios de comunicação. Com isso, percebe-se que, negligência quanto a visibilidade conferida ao time de futebol brasileiro feminino reflete a desigualdade existente na sociedade, uma vez que a prática esportiva, no Brasil, está além de uma mera recreação, sendo parte da identidade do país.      Desse modo, é evidente que a desvalorização do esporte feminino é uma dificuldade que precisa ser superada. Para isso, é necessário que o Ministério da Educação, junto as escolas, promova atividades e campeonatos esportivos voltados ao público feminino, bem como palestras ministradas por atletas, como a futebolista Marta e a ex-ginasta Daniele Hypólito, com o objetivo de incentivar as mulheres a buscarem a prática esportiva e sanar antigos preconceitos. Ademais, é preciso que a sociedade cobre da mídia que veicule mais informações sobre o esporte veiculado a mulher, nos jornais e televisão, para, assim, buscar promover uma sociedade mais igualitária.