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Enviada em: 15/06/2018

A violência da mulher como fruto da sociedade Brasileira Gilberto Freire fez uma incrível análise em "Casa Grande e Senzala"que permanece atual ainda hoje: somos uma sociedade que discrimina e desvaloriza a vida de minorias políticas devido à nossa herança patriarcal. Para a proteção de uma dessas minorias políticas, as mulheres, criou-se a lei Maria da Penha, entretanto tal lei pouco é respeitada, e isso é comprovado pelos dados alarmantes de violência contra a mulher. Primeiramente, falta ao brasileiro um entendimento do conceito de violência contra a mulher. Essa pode se manifestar nas formas: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Uma em cada três mulheres sofreram algum tipo de violência no último ano. Só de agressões físicas, o número é alarmante: 503 mulheres brasileiras vítimas a cada hora. Além disso, 80% dos casos de violência sexual contra a mulher ocorrem dentro de casa, isto é, são os parceiros, pais e familiares das mulheres que abusam das mesmas. O motivo para apresentarmos tais números alarmantes se dá pela cultura machista e patriarcal presente em todos os espaços da sociedade que está fundada em uma visão de inferioridade das mulheres a qual pressupõe submissão, dependência e objetificação, agravado em alguns casos pela misoginia, desprezo e ódio às mulheres capaz de autorizar atos de violência ou mesmo seu extermínio. As mulheres, no entanto, muitas vezes permitem com que essas situações ocorram.  Para reverter tal quadro, nossa sociedade precisa dar representatividade de mulheres em seu quadro político. Somente quem sofre a dores poderá elencar projetos de leis e estratégias necessárias para combate-las. A partir de ações a nível macro conseguiremos modificar a visão e entendimento da nossa sociedade sobre o papel da mulher. E, por isso, é fundamental desnaturalizar papéis para construir uma cultura de respeito aos direitos humanos das mulheres em sua diversidade.