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Enviada em: 15/05/2019

Presenciei tudo isso dentro da minha família/ Mulher com olho roxo, espancada todo dia/Eu tinha uns cinco anos, mas já entendia/ Que mulher apanha se não fizer comida – 100% Feminista, Karol Conka, esse trecho da musica traz a tona a questão do Feminicídio que é definido em lei como “o assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino” e a pena prevista para o homicídio qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos. Embora tenha artigo no Código Penal Brasileiro com pena prevista, a violência contra a mulher cresce assustadoramente no país, com suas raízes misóginas e machistas.             Certa vez, Rousseau disse que “a natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável” essa fala pode ser usada para explicitar a cultura do machismo que vem desde os tempos mais remotos e se faz presente em pleno século 21, onde o homem é ensinado a subjugar a mulher desde cedo, impondo sua força e virilidade. Outrossim é quando são misóginos mostrando seu ódio ou aversão as mulheres e são tidos como machões e não como doentes que precisam de tratamentos e acompanhamento.         Feminicídio não é um evento repentino, inesperado, isolado, muito ao contrário disso é um processo continuo de violência, opressão, agressões psicológicas, moral, física, discriminações que culminam em morte. Em razão desse, em 2018 segundo o mapa da violência, houve um aumento de 12% no número de mortes de mulheres, o que mostra que a cada duas horas uma mulher é morta em todo território nacional, sendo 76,4% dos casos praticados, o agressor era alguém conhecido.             Sendo assim, é fato que raízes históricas potencializam atos ilegais no Brasil. Portanto, é cargo do Estado na figura do Ministério da Mulher, desenvolva mais políticas públicas com o intuito de extinguir o cenário atual de violência contra mulher. É também improrrogável que a mídia, por meio de campanhas, manifestações propague a diversidade, o respeito como fundamental para a vida em sociedade para com isso, desmistificar preconceitos populacionais. Ademais a escola deve realizar debates periódicos acerca do assunto com os alunos e integrando a família desses, afim de se mostrar como mais um ponto de acolhimento para essas mulheres, meninas e família. Só então seremos um que promove igualdade de gênero e que respeita cada indivíduo