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Enviada em: 18/06/2019

Em conformidade com a Constituição Federal, é assegurado a todos liberdade e igualdade em direitos. No entanto, esse ideal proposto na prática, é falho e a realidade vivida por mulheres persiste em um cenário violento e patriarcal. Assim, é sabido que, além do papel das leis protecionistas á mulher, como "Lei Maria da Penha" e a "Lei do Feminicídio", ainda há uma lacuna a ser preenchida na sociedade alimentada pelo machismo e pela desinformação.     Para entender esse cenário, é primordial buscar suas raízes em um passado marcado pela figura masculina superior e depósito de obediência, refletindo hodiernamente. A mulher ao longo de décadas vive marginalizada e refém de uma mentalidade arcaica que as vê como inferior e as trata como coisa, sofrendo discriminação e diversas formas de violência dentro e fora do se lar.      Diante disso, é fato a problemática ultrapassar o âmbito das leis. Como cita o escrito Henry David Thoreau "É preferível cultivar o respeito pelo bem-estar que o respeito pelas leis", pois, claramente a violência e a discriminação contra a mulher está vinculada a aspectos culturais. Leis punindo agressores não seriam necessárias em meio a um povo culturalmente instruído. A busca pela erradicação de atos violentos começa com educação, com a formação de pensamento crítico e pela empatia, sentimento capaz de mudar um povo.    Aliado a isso, o investimento conjunto do Estado e da sociedade agregando, por exemplo, ao Programa de Saúde da Família profissionais capazes de instruir famílias sobre violência, buscando dentro do seio familiar possíveis casos, além de um suporte trabalhista e socioeconômico as vítimas resguardado pela União, ladeado a sociedade atuando ativamente, denunciando ou proliferando campanhas de conscientização por meio das redes sociais, permitirá uma intervenção precoce e a consequente redução nos casos de violência e discriminação contra a mulher.