Materiais:
Enviada em: 19/06/2019

"Uma mulher  é morta a  cada duas horas  no Brasil". É o que diz o portal de notícias G1, numa matéria publicada  no dia internacional da mulher - oito de  março de 2019. Essa estatística traduz que, em tempos modernos,é nítido enxergar que a população brasileira  ainda é bastante vilipendiada. Tal sofrimento está diretamente associado às feridas, ainda, abertas de uma sociedade  embasada numa educação machista e patriarcal, atreladas a sua existência há muito tempo.       Primeiramente, vale ressaltar que o estabelecimento do homem como líder  de uma sociedade,não  importa qual sejas a sua posição (chefe, pai, marido), o  atribui um pseudopoder,  o homem crê que tem domínio,, princialmente, sobre a vida das mulheres. Como exemplo, tem-se Lígia na série "Coisa mais linda" - ocorrida em cenário pré-ditatorial -, que vive constantemente oprimida, vendo seus sonhos e voz serem, inicialmente, menosprezados pelo marido, que tenta matá-la ao notar que a mesma o desobedeceu. A vida contemporânea, logo, passa a imitar a arte histórica no universo feminino.       Além disso, apesar de existirem vários casos de protagonismo feminino, como o de Marie Curie - única vencedora de dois prêmios Nobel -, essa ideia de dominância masculina é preservada na sociedade atual. Tal situação ocorre graças a diversos fatores que continuam a inferiorizar a mulher no meio social, sendo eles: desigualdade salarial, cargos considerados inacessíveis, além da ideia ultrapassada de que mulher deve ficar cuidando da casa e da família. Isso, consequentemente, gera um sentimento de revolta na mulher, que gerará também no homem, abrindo portas para agressões de todas as naturezas, inclusive assassinatos.        Torna-se imprescindível, portanto, dar ainda mais atenção ao alarmante índice de feminícidio na conjuntura brasileira, buscando reverter o quadro educacional do homem na sociedade. Desta forma, a mídia, usando-se de seu alcance e poder tão influenciador, deve trabalhar na elaboração de mais campanhas de denúncia ao feminícidio. A fim de mostrar ás mulheres que elas não estão só e que, ao calar a voz de uma mulher e reprimir o seu direito de viver, o homem destrói uma peça fundamental para a sua própria existência.