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Enviada em: 26/07/2019

Historicamente, a violência contra a mulher esteve sempre enraizada de forma sistemática na sociedade brasileira. Entretanto, no cenário atual, tal situação convergiu para a morte de milhares de mulheres, o que é hoje considerado por lei como feminicídio. Diante de tais agravantes, é necessário um combate efetivo a essa problemática, diminuir os altos índices de feminícidios se faz necessário, mas para isso é preciso a união de toda sociedade.      A priori, a sociedade brasileira foi construída em cima de pilares ideológicos totalmente patriarcais, os quais dizem que a mulher deve ser submissa ao homem, a tornando propriedade dele. Essa situação fez com que muitos homens que nasciam nessas famílias fossem criados assim e que posteriormente repetisse isso com a família que viera a formar. Consequentemente isso tem sido o principal vetor de mortes de mulheres nos últimos anos, pois muitas sofrem violência de seus conjugues ou até mesmo de familiares e se calam por opção ou por não ter a oportunidade de denunciar, se tornando assim mais um número nas estatísticas de feminícidio no Brasil. Nesse cenário, fica claro a necessidade da intervenção do poder público e da sociedade no combate a essa situação que tem agravado ainda mais com o passar dos anos.      Outrossim, segundo uma pesquisa publicada pela revista Veja, no primeiro semestre de 2018 foram mais de 740 casos de feminícidio no Brasil. Esses dados só reafirmam de que esse problema tomou proporções preocupantes e a passividade diante disso só contribuirá ainda mais para seu agravamento. O filosofo Maquiavel, em seu livro O Príncipe, ressalta que para o homem - ali tratado como o príncipe - era preferível ser temido do que amado, a isso se faz jus no atual cenário, pois muitos homens preferem que as mulheres o temam do que o ame.       Nesse contexto, fica claro a necessidade da intervenção imediata para a busca de uma solução para esse problema. Para isso, é preciso que o Poder Legislativo junto com o Poder Judiciário busque uma rigidez maior nas penas de quem comete o crime feminícidio, e alem disso facilite o acesso as medidas protetivas por parte dessas mulheres quando buscam ajuda, coisa que atualmente é burocrática e demorada. Somado a isso, o Ministério da Educação em conjunto com o de Direitos Humanos, deve buscar desenvolver palestras e cartilhas que introduzam esse problema para ser discutido em sala de aula, buscando conscientizar os jovens e assim destruir esses pilares patriarcais ainda presentes na sociedade brasileira. Com isso, haverá uma diminuição nesses índices tão preocupantes.