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Enviada em: 12/03/2017

O aumento na frequência da violência contra a mulher tem uma estreita relação com o início da sociedade patriarcal. Devido a esta, houve uma dominação masculina em relação às mulheres e, por conseguinte, repreensões realizadas em forma de agressões físicas e morais tornaram-se comuns. Hoje, este tipo de violência ocorre de forma rotineira, com índices cada vez mais alarmantes.        Devido ao seu gênero, todas as mulheres, independente de idade ou raça, têm a possibilidade de serem violentadas. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), sete em cada dez mulheres no mundo sofrerão algum tipo de violência física durante sua vida. Além disso, a ONU relata que cerca de 120 países possuem leis que penalizam a violência doméstica, porém, é necessário salientar que 603 milhões de mulheres vivem em locais onde este tipo de agressão ainda não é crime. No Brasil, a lei Maria da Penha, criada em 2006, tem como função penalizar os praticantes de violência doméstica – esta que, apesar de vitimizar todos os gêneros, ocorre principalmente com o sexo feminino. Entretanto, ainda são comuns as ocorrências desta forma de agressão. Logo, faz-se necessária uma intervenção de maior eficácia para que estes índices diminuam.         Uma intervenção governamental é indispensável para que estas taxas reduzam significativamente. Portanto, devem ser realizadas campanhas publicitárias veiculadas em rádios e na televisão, realizadas pelo Ministério dos Direitos Humanos, influenciando a população a denunciar os casos de violência contra a mulher, a partir de uma ligação para o 180. Além disso, é necessário uma melhora do atendimento. Este deve ser realizado em menor tempo e, durante o período que inclui desde o momento da denúncia até a avaliação do caso, a mulher deve ser protegida, imediatamente após a delação – por exemplo, através do deslocamento da vítima, de forma que haja distanciamento entre ela e o agressor. Também faz-se necessária a gradual troca de policiais do sexo masculino para policiais femininas em Delegacias da Mulher, pois esta mudança traria conforto à vítima na hora do relato.         Embora hajam leis que punem os praticantes de violência contra a mulher, a ocorrência deste tipo de agressão ainda é alta no Brasil. Todavia, a inserção de campanhas televisivas que influenciam diretamente a sociedade a denunciar estes casos e a restauração do atendimento realizado à vítima trariam, a longo prazo, a diminuição das taxas de violência contra a mulher. Assim, as mulheres poderão se sentir protegidas, pois perderão o medo de serem violentadas.