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Enviada em: 29/08/2017

Vítima não é sinônimo de culpa    A violência contra a mulher é consequência de um passado histórico brasileiro marcado pelo patriarcalismo, o preconceito, a escravidão, a misoginia e a desigualdade. Logo na pré-história já é possível observar ocorrências de mulheres sendo violentadas de várias formas, sendo considera o sexo frágil, ou como a intelectual Simone beauvoir refere-se: “o segundo sexo”. Infelizmente, essa cultura sexista se enraizou e expandiu para a idade moderna, estando presente no colonialismo e tendo resquícios no século XXI.   O Brasil é um dos principais países que sofrem com esta cultura. Entre as várias formas de agressões, há a física, a moral, a psicológica, além do estupro e do assédio verbal. Só em 2013 contabilizaram 4.762 assassinatos de mulheres, número que coloca o Brasil em 7º lugar no ranking mundial desse tipo de crime. A partir dos inúmeros registros de feminicídio, em 2006 foi sancionada a Lei Maria da Penha, que visa coibir esse crime. No entanto, apesar da redução da violência, o país está longe de refrear esta prática.    De acordo Viola Davis, representante do feminismo negro americano, a união entre as mulheres é a ferramenta essencial para botar fim ao machismo e, conseguintemente, ao feminicídio. Várias mulheres lutam para cessar com essa cultura. Entres as representantes dessa luta estão Frida Khalo, símbolo na revolução mexicana e Karol Conka, atual mc mais influente brasileira. Que são respectivas fontes de inspiração para a negação da atual ditadura patriarcal vivenciada por muitas mulheres.    Portanto, é imprescindível que atitudes sejam tomadas tanto por parte da população, quanto pelo governo e seus mecanismos sociais. Essa primeira deve reprimir qualquer tipo de violência, denunciando e não omitindo diante da situação. Já o governo deve efetivar devidamente sua Lei, retirando qualquer brecha nela existente, além de colocar na grade curricular comum, a matéria de ideologia de gênero, para que os jovens já cresçam conscientes e empoderados. Por fim, a mídia, como influencia digital, deve estimular propagandas que incentive a empatia e sororidade. Dessa forma, em médio prazo o Brasil conseguirá cessar o problema e avançar para o tão sonhado progresso.