Materiais:
Enviada em: 14/04/2018

Conforme defendeu o cientista social Gilberto Freyre, na obra "Casa Grande e Senzala", a diversidade é o que forma a identidade deste país. Dessa forma, todos os gêneros devem ser respeitados. Porém, desde os primórdios, as mulheres sofrem com a violência. Assim, deve-se analisar como a herança histórico-cultural e o poder público prejudicam a questão.       De certo, a herança histórico-cultural é a principal responsável pela manutenção das agressões. Isso decorre do século XXI, quando a ordem escravocrata disseminou ideias de superioridade. A sociedade, então, por tender a incorporar estruturas sociais de época, naturalizou esses pensamentos e passou a reproduzir atos violentos. Como resultado, nota-se que no limiar do século XXI, de acordo com o jornal "O Globo", muitas mulheres ainda sofrem com a violência. Logo, não se sustenta a tese de que isso seja normal.       Em consonância à sociedade, percebe-se, ainda, que o poder público negligencia os direitos do gênero. Isso porque, embora a Constituição Federal de 1988 os garanta, a realidade é contraproducente, pelo fato de que os interesses socioeconômicos do governo se sobrepõem à fiscalização das leis. Logo, muitas conquistas que constam nessas regras não são efetivadas, não é a toa, então, que os casos de violência doméstica são cada vez mais frequentes. Fato esse, que é inadmissível para um país globalizado.       Diante dos fatos elencados, nota-se, que o sexo feminino é historicamente inferiorizado pela sociedade e Estado. O Governo Federal, portanto, através do Ministério da Educação deve incluir na matriz curricular de ensino em todas as séries, a história das lutas femininas, para extinguir a naturalização da agressão. Ademais, o Ministério Público, através das defensorias públicas, deve fiscalizar o cumprimento das leis no judiciário e garantir a efetivação através do aumento das penas de agressão. Assim, o Brasil tornar-se-á um país de equidade, e a pluralidade defendida por Freyre, será, de uma vez por todas, respeitada.