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Enviada em: 22/05/2018

A palavra violência pode ser definida como atitude proposital que ocasiona danos físicos ou psicológicos em determinado indivíduo. Em posse dessa conceituação, considera-se válido o debate acerca dos maus tratos na obstetrícia, no qual inúmeras parturientes são alvos de negligência humanitária todos os dias, seja pela falta de informação ou pela não aplicabilidade das leis. Dessa forma, torna-se essencial a explanação do assunto a fim de minimizar mais essa falha do sistema de saúde.   Em primeiro lugar, é importante destacar como alguns profissionais da obstetrícia não estão totalmente preparados para conceder um atendimento digno às mulheres. Atualmente, cerca de 25% das brasileiras que deram à luz afirmam ter sido tratadas com descaso por médicos ou enfermeiros, tendo a experiência da gravidez reduzida a momentos desconfortáveis acompanhados de procedimentos não autorizados pela protagonista do parto. Isso revela que não é raro o profissional da saúde negligenciar a parte humanitária da situação.   Recentemente, foi aprovada a lei que garante proteção à gestante contra a violência obstetrícia, entretanto, apenas tal medida não tem se mostrado ser suficiente. Na maioria dos casos, a falta de informação por parte das vítimas - bem como o difícil acesso aos profissionais da justiça para orientação - resultam da não aplicabilidade das leis em estabelecimentos que não fazem valer a Constituição. Com isso, a vítima da violência ainda encontra-se desamparada em um cenário pós-parto.   Sendo assim, torna-se imprescindível o aumento do debate acerca da violência na obstetrícia. Para isso, a Organização Mundial da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, deve organizar eventos e palestras que ensine aos estudantes da área da saúde sobre a importância do respeito para com os pacientes, a fim de reduzir a negligência humanitária. Ademais, é importante que o Estado disponibilize profissionais que auxiliem a vítima nas denúncias, encaminhando-as a seguir para o devido tratamento. Assim, poderemos, aos poucos, reduzir essa falha no sistema.